O mercado da soja, na sessão desta terça-feira, segue trabalhando com algumas altas na Bolsa de Chicago, porém, se mantém em compasso de espera. Com novos números que chegam do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final desta semana, os traders seguem ajustando suas posições.
Dessa forma, por volta de 7h45 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 3,75 e 4,25 pontos, com o maio/18 sendo negociado a US$ 10,29 por bushel. O vencimento setembro/18 se mantinha acima dos US$ 10,30.
Os números de estoques trimestrais norte-americanos são ansiosamente aguardados pelos participantes do mercado, porém, as atenções estão ainda mais voltadas para os dados das áreas de plantio nos EUA. Segundo explicam analistas, a área de soja deverá ser maior do que a de milho nesta temporada e, confirmada, poderia vir a pesar sobre as cotações.
No quadro paralelo, o mercado se atenta também aos desdobramentos da guerra comercial entre China e Estados Unidos – que ainda não viu a soja americana se tornar um alvo oficial do governo chinês, mas segue especulando sobre o caso – e à conclusão da safra na América do Sul.
No Brasil, já há quase 70% da área colhida até este momento, segundo a última estimativa da consultoria Datagro, com uma projeção de colheita acima dos 116 milhões de toneladas. Na Argentina, algumas chuvas têm chegado às regiões produtoras que vinham sofrendo com uma das piores secas dos últimos 30 anos, porém, tarde e ainda limitadas para trazer um alívio expressivo após as perdas causadas pelo clima.