PUBLICIDADE

Soja em Chicago sobe com novidades da demanda

PUBLICIDADE

Nesta quinta-feira, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago subiram e encerraram o dia com altas de 7,75 a 8,50 pontos entre os principais vencimentos, levando o novembro/17 aos US$ 9,33 por bushel. O mercado, segundo explicaram analistas e consultores de mercado, testou seus patamares de suporte e buscou uma recuperação técnica neste pregão, além de ter encontrado suporte também em boas notícias vindas do front da demanda.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe, nesta quinta-feira, um novo anúncio de vendas de 165 mil toneladas de soja da safra nova para a China – todo o volume da safra 2017/18, além de vendas semanais para exportação acima das expectativas do mercado no caso das duas temporadas.

Foram 453,2 mil toneladas da safra velha e mais 899,4 mil toneladas da safra nova. As expectativas do mercado eram de que as vendas da temporada 2016/17 ficassem entre 50 mil e 250 mil toneladas e, para a 2017/18, de 300 mil a 600 mil toneladas.

“A demanda é forte, as origens estão muito mais hábeis na comercialização – retraindo suas vendas – e o mercado ainda está questionando os últimos números do USDA”, explica o consultor de mercado Ênio Fernandes, da Terra Agronenócios. “Em termos de evolução, as origens têm melhorado muito a comercialização”, completa.

No entanto, nesse momento de conclusão da safra americana o mercado também ainda observa o comportamento do clima no Meio-Oeste americano e uma melhora generalizada no padrão ainda exerce certa pressão sobre as cotações.

Apesar disso, como explica Flávio França Junior, consultor de mercado, essa pressão é bem mais limitada e os olhos do mercado, aos poucos, começam a se voltar para a época da colheita nos Estados Unidos. “As últimas análises são subjetivas e quando a colheita começar a acontecer nos EUA podemos ter números mais próximos da realidade e isso poderia mexer com os preços”, diz. “Que os rendimentos deste ano serão inferiores aos do ano passado, isso já é ponto pacífico no mercado, ele precisa de novidades”, completa.

Enquanto essas novas informações entre os fundamentos não chegam, o mercado deve continuar oscilando entre seu suporte dos US$ 9,20 e a resistência dos US$ 9,60, ainda segundo França. “E o mercado vai acompanhar também os próximos três relatórios-chave de oferta e demanda do USDA de setembro, outubro e novembro”, diz.

Mercado Brasileiro

No Brasil, o mercado caminha ainda a passos lentos e com negócios regionalizados, o que justifica, como explica o consultor da França Jr., esse comportamento também regional das cotações no interior do país.

Entre as principais praças de comercialização, novas altas e baixas foram registradas nesta quinta-feira, mesmo com altas sendo registradas também pelo dólar frente ao real. A moeda americana subiu 1,02% para R$ 3,1785 e registrou seu maior avanço desde o dia 20 de junho.

“Analistas indicam que a base aliada está juntando as votações para cobrar mais (do presidente Michel) Temer”, afirmou o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em relatório reportado pela agência de notícias Reuters.

Nos portos, os preços foram favorecidos pela dobradinha das altas e subiram, com exceção da soja disponível em Paranaguá, que fechou estável nos R$ 69,50 por saca, enquanto a safra nova subiu 0,73% para R$ 69. Em Imbituba e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, as cotações subiram, respectivamente, 0,72% e 0,15% para R$ 69,50 e R$ 68,50.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Exportações da soja de Mato Grosso tem forte queda em novembro

As exportações brasileiras de soja em novembro totalizaram 2,55...

Venda da safra de milho chega a 89% e preço médio aumenta

As vendas da safra 2023/24 de milho em Mato...

Venda da safra da soja em Mato Grosso chega a 99%

A comercialização da soja para a safra 2023/24 em...

Cotação do boi gordo em Mato Grosso cai 4,3%, diz IMEA

A demanda local pelo boi gordo ficou retraída, semana...
PUBLICIDADE