À espera dos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalham em campo positivo na manhã desta sexta-feira (30). Por volta de 7h45 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 3,75 e 4,75 pontos, com o novembro/17 valendo US$ 9,28 por bushel.
Esta é a quinta sessão consecutiva de altas para a oleaginosa, com o traders – além de acompanharem as condições de clima no Corn Belt com muita atenção – se posicionando antes da chegada dos reportes de área e estoques trimestrais que o departamento norte-americano traz hoje.
Segundo expectativas do mercado, os EUA poderiam ter, apenas pela segunda vez na história, uma área de soja maior do que a de milho. Entre os estoques, analistas internacionais acreditam que os novos dados poderiam confirmar, mais uma vez, a força da demanda pela soja norte-americana e trazer algum suporte às cotações.
Em entrevista ao portal internacional AGWeb, o analista sênior da Kokomo Grainm Mike Silver, acredita que “uma palavra que pode definir esta temporada até agora é desafio”. O excesso de chuvas no início da temporada, as necessidades de replantio e algumas adversidades climáticas puderam ser registradas em diversos pontos do Meio-Oeste americano.
E agora, as lavouras entram em sua fase de desenvolvimento e seguem para os meses-chave – julho e agosto – e necessitam de um ambiente climático favorável.
Os próximos dias deverão ser de chuvas e tempo quente no Meio-Oeste americano e de tempo quente e seco na região das Grandes Planícies – condições que podem seguir prejudicando a produção norte-americana de trigo, segundo mostram as previsões para os próximos 6 a 10 dias do NOAA, o serviço oficial de clima do governo norte-americano.