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Soja: dólar despenca no Brasil em dia de foco na política e neutraliza altas em Chicago

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O mercado brasileiro da soja registrou um dia de estabilidade nas cotações de olho na cena política nacional nesta quarta-feira. Com o andamento do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mercado financeiro reagiu de forma bastante intensa, com movimentos expressivos no dólar no índice Bovespa.

Com isso, os preços no Brasil exibiram alguma cautela, mesmo diante de uma nova sessão de altas entre os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago. Os mesmos, afinal, foram neutralizados pela despencada do dólar de quase 2,5% para voltar aos R$ 3,15 e registrar, como informa a agência de notícias Reuters, seu menor patamar desde o último 13 de outubro.

“O dólar deve se manter abaixo de 3,20 reais, mas não tem espaço para cair muito porque estamos num ano eleitoral”, afirmou o economista da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira à Reuters.

Até o fechamento desta matéria, a maioria da turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) já havia votado pela condenação de Lula, além de revisarem sua pena para 12 anos e 1 mês.

Dessa forma, os indicativos nas praças de comercialização do interior do Brasil pouco trouxeram mudanças e os destaques foram pontuais. No Oeste da Bahia, por exemplo, o preço subiu 3,05% para R$ 62,17 por saca, enquanto perdeu 0,88% em Campo Novo do Parecis, para R$ 56.

Nos portos, as mudanças também foram limitadas. Em Paranaguá, a soja disponível fechou o dia com R$ 72, tal qual a referência para março, onde a cotação subiu 0,70%. No terminal de Rio Grande, baixas de 0,27% e 0,40% para R$ 73 no disponível e R$ 74 para maio próximo.

O dia, porém, foi de poucos negócios e foco na política, como explicaram analistas e consultores de mercado. A movimentação brusca do dólar acabou tirando a força das altas em Chicago e, consequentemente, de uma recuperação dos preços no mercado brasileiro também.

Na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa até chegaram a testar leves altas, mas terminaram o dia em campo positivo e com altas consideráveis, acima dos 5 pontos nas posições mais negociadas. O movimento deu espaço para que o contrato maio/18 retomasse o patamar dos US$ 10 por bushel, assim como os vencimentos mais longos, com o julho e o agosto/18.

Quem liderou as altas entre os grãos negociados na CBOT, porém, foram os futuros do trigo, que puxaram não só a soja, mas também o milho, que bateu em suas máximas de sete semanas. E segundo analistas internacionais, o avanço se deu diante da baixa do dólar.

A moeda americana, afinal, não recuou só frente ao real, mas diante de uma série de moedas internacionais. A divisa voltou a bater em suas mínimas de três anos.

No início da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe o anúncio de uma nova venda de soja em grão que deram algum suporte aos preços. Foram 125 mil toneladas da safra 2017/18 de grão para destinos não revelados.

O clima na América do Sul, em especial na Argentina segue no radar dos participantes do mercado. As previsões climáticas ainda indicam condições adversas para o desenvolvimento da soja no país e a preocupação é com o efeito das intempéries climáticas no rendimento das lavouras.

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