Os preços da soja na Bolsa de Chicago seguem caminhando de lado na sessão desta terça-feira, porém, no Brasil as referências têm um novo dia de baixas frenta à pressão exercida pelo câmbio. No terminal de Rio Grande, o indicativo para o produto disponível perdia os R$ 68 e já valia R$ 67,80 por saca, com uma queda de 0,29% em relação ao fechamento anterior. Já a referência para o ano que vem, safra nova – junho/18 – R$ 70,50 por saca, recuando 0,70%.
Neata terça, o dólar tem sua sexta sessão consecutiva de baixas e opera abaixo dos R$ 3,10, com uma queda acumulada de 2,81% nas cinco sessões anteriores, segundo informa a agência de notícias Reuters. A atuação do Banco Central, além de boas perspectivas para a cena política nacional, pesam sobre a moeda americana.
“O BC abre espaço para o dólar cair mais e, com isso, também o caminho para cortar mais os juros. O estrangeiro se anima e traz dinheiro para o país”, afirmou o operador da corretora Mirae Olavo Souza à Reuters.
No oeste do Paraná, segundo relata o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, os indicativos de compra variavam entre R$ 60,50 e R$ 61,50, enquanto na região Sudeste variavam de R$ 62 a R$ 63,50.
Os negócios, portanto, seguiam lentos no Brasil e esse ritmo travado da comercialização já influencia no andamento dos futuros da soja em Chicago, segundo reportam analistas internacionais. “A venda por parte dos produtores brasileiros tem sido muito lenta nesta temporada. Vimos um pico de vendas quando o dólar chegou, nos últimos dias, a R$ 3,20”, disse Joe Lardy, da CHS Hedging, em entrevista ao Agrimoney.
Por outro lado, ainda em Chicago, os preços seguem ainda caminhando de lado diante de uma melhora das condições de clima nos EUA, o que favorece os trabalhos de campo, e dos demais fundamentos de oferta e demanda já conhecidos pelos traders. “O plantio da safra dos EUA ganhou bom ritmo na última semana e isto ajuda a manter o mercado acomodado”, diz Motter.