O preço da soja disponível no Estado fechou a última semana R$ 88,16/saca, registrando alta de 2,44%, fundamentada na elevação da moeda norte-americana. A constatação é do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Acompanhada pelo estresse econômico que o mundo vem sofrendo e a falta de demanda pelo seu produto, a soja norte-americana fechou a semana com baixa de 1,16% na bolsa de Chicago (CME-Group), cotada a US$ 8,33/bushel.
O IMEA também divulgou, ontem, no boletim da soja, novos dados de custo de produção para o mês de março, apontando um custo maior para o bolso dos produtores. Desta vez, o custo variável ficou em R$ 3.087,83/hectare, alta de 0,53% em relação ao mês anterior. O custo operacional fechou em R$ 3.481,98/hectare, elevação de 0,51%. Os reajustes nos preços foram ocasionados pelo aumento no custo de insumos, principalmente fertilizantes.
“De acordo com o levantamento, este avanço esteve atrelado à variação cambial no período, que vem ocorrendo principalmente devido à desaceleração econômica global com o avanço do novo coronavírus. Para se ter uma ideia, a média mensal do dólar em março ficou em R$ 4,90/US$, ante R$ 4,35/US$ na média de fevereiro. Com isso,o custo total estimado até o momento para o sojicultor do Estado é de R$ 4.014,78/hectare, alta de 0,52% ante o previsto no último mês”, conclui o instituto.