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Soja: chuvas na Argentina dão força para 4º dia de altas em Chicago

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Os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago, se sustentaram do lado positivo da tabela e encerraram o dia com altas, mesmo que tímidas, pela quarta sessão consecutiva. Os preços, portanto, já se mostram acima dos US$ 10,80 por bushel entre algumas das posições mais negociadas, com o maio/17, que é referência para o produto brasileiro, cotado a US$ 10,88.

O foco dos negócios: a Argentina. O excesso de chuvas por lá ainda inspira muita preocupação, perdas severas, prejuízos bilionários e uma oferta bem menor do que o esperado que deve chegar no mercado do país nesta temporada 2016/17. As perdas já são estimadas, até o momento, em 5 milhões de toneladas, aproximadamente. Nesse cenário, somente até a última terça-feira (17), os ganhos acumulados neste ano nos contratos março e maio na CBOT passam de 7%.

Com a Argentina configurada como maior produtora e exportadora mundial de farelo e óleo de soja, os ganhos chegam também ao mercado de derivados. No acumulado do ano, o farelo já tem uma alta que supera os 11% e, nesta quarta, os primeiros contratos superaram os US$ 350,00 por tonelada e subiram quase 1%.

O potencial de continuidade das altas existe e, segundo explicam analistas e consultores, na medida em que mais informações cheguem, os preços tendem a buscar o patamar dos US$ 11,00. “No médio prazo, com novas informações chegando, o mercado pode alcançar os US$ 11,00 por bushel. Mas, ele ainda trabalha no intervalo de US$ 10,50 a US$ 10,90 e, acima dos US$ 10,90, o mercado ainda tem muitas ordens de venda”, explica Vlamir Brandalizze. “Há muita história da Argentina ainda para chegar”, completa o consultor da Brandalizze Consulting.

Preços no Brasil

No Brasil, os preços da soja mais uma vez acompanharam o avanço em Chicago e ainda foram motivado também pela alta do dólar frente ao real. A moeda americana subiu 0,21% para chegar aos R$ 3,2190. Na máxima do dia, porém, a divisa alcançou os R$ 3,2314 e, segundo especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, motivada pelo cenário externo.

“O mercado está propenso à alta do dólar por causa da possibilidade de maior risco à frente, há um movimento de hedge pelos investidores”, destacou o operador da Ourominas Corretora Maurício Gaioti à agência de notícias, referindo-se ao futuro presidente norte-americano, que toma posse nesta sexta-feira.

Assim, no interior do Brasil, as referências subiram de 0,76% a 2,26% nas principais praças de comercialização e agora variam de         R$ 63,50 a R$ 76,00 por saca.

No porto de Rio Grande, R$ 79,50 no disponível e R$ 81,50 por saca para junho e altas de, respectivamente, 2,58% e 0,12%. Já em Paranaguá, R$ 80,00 em ambos os casos, subindo 1,27%. Ao longo do dia, os preços chegaram a bater na casa dos R$ 82,00 por saca e motivaram algumas operações, segundo relatos de analistas e consultores de mercado, mas acima disso, levaram os produtores a revisarem seus alvos.

“Com patamares mais fortes e alguns negócios comentados, boa parte dos produtores voltaram a posicionar suas intenções de vendas em valores maiores, na casa dos R$ 85,00. Na semana passada, víamos os preços nos portos na casa dos R$ 80,00 e, como este nível foi atingido, os vendedores elevaram seus interesses e seguraram boa parte dos negócios”, diz Brandalizze. “E a tendência é de que o produtor não venda agora, ele deve continuar segurando suas vendas”, completa.

Fonte: Notícias Agrícolas

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