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Soja: Chicago amplia baixas, mas dólar dá suporte e preços sobem no Brasil

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Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam operando em campo negativo e, no início da tarde desta segunda-feira, ampliaram suas baixas. Por volta de 13h10 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 6,75 e 8,25 pontos entre os contratos mais negociados, com o julho/17 cotado a US$ 9,64 por bushel.

O dólar mais alto hoje, aliado a mapas climáticos mais favoráveis para o Corn Belt nos próximos dias ajudam a pressionar as cotações, bem como a busca por um reajuste de suas posições antes da divulgação do novo reporte mensal de oferta e demanda pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima quarta-feira (10).

Enquanto isso, porém, o dólar continua subindo no Brasil e ainda dando alguma sustentação à formação dos preços no Brasil. Perto de 13h30, a moeda americana subia 0,78% e já testava, novamente, os R$ 3,20. Assim, no porto de Rio Grande, os primeiros indicativos eram de R$ 69,70 no disponível, subindo 0,29% em relação ao fechamento da última sexta (5), e de R$ 70,50 por saca no futuro, para junho/17, subindo 0,71%.

Segundo explica o analista internacional Paul Georgy, da corretora e consultoria Allendale, as oscilações tímidas entre os preços se dava com a preparação do trader para o boletim semanal de acompanhamento de safras que chega, pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no final do dia, além do mensal de oferta e demanda que chega na quarta-feira, dia 10.

Além disso, os traders seguem observando ainda os mercados externos – principalmente após o alívio no financeiro com a eleição de Emmanuel Macron como presidente da França neste domingo – e, claro, ainda muito atento ao clima no Meio-Oeste americano. Regiões do Corn Belt e do Delta deverão ter, segundo previsões atualizados, período mais secos nesta semana, bem como estados do sudeste dos EUA.

“No entanto, as chuvas deverão retornar para as partes mais baixas do Meio-Oeste e do Delta antes que o plantio possa evoluir de uma forma mais expressiva, podendo causar mais atrasos”, diz Georgy.

E os números dos embarques semanais reportados nesta segunda pelo USDA também não ajudaram muito o mercado, com dados apenas em linha com as expectativas dos traders.

Enquanto o mercado esperava algo entre 350 mil e 600 mil toneladas, na semana encerrada em 4 de maio, o país embarcou 349,385 mil toneladas. O volume é menor do que o da semana anterior e coloca o acumulado no ano comercial em 49.792,229 milhões de toneladas já embarcadas. No ano passado, nessa mesma época, o volume era de pouco mais de 43 milhões.

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