Depois de uma sessão volátil, mas ainda de variações tímidas, os futuros da soja voltaram a recuar na Bolsa de Chicago, terminando o dia com perdas de pouco mais de 5 pontos entre os principais contratos. Dessa forma, o janeiro/18 já atua abaixo dos US$ 9,60 e o maio/18, dos US$ 9,80 por bushel.
Para o analista de mercado da Price Futures Group, Jack Scoville, as baixas já estariam perto de um limite na CBOT e poderiam, inclusive, chamar os importadores a aquecerem ainda mais suas compras de soja americana, já que o preço estaria mais atrativos.
Nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou uma nova venda de 145 mil toneladas de soja em grão para a China. Este é o segundo anúncio da semana e, no total, as vendas já chegam a 541 mil toneladas, sendo todo o volume destinado aos chineses.
“Os chineses seguem comprando, já que nossos preços (nos EUA) estão muito baixos. Vale a pena guardar e estocar”, diz Scoville.
O que ainda pressiona as cotações, porém, são os movimentos de vendas técnicas por parte dos fundos, que buscam ajustar suas posições antes da chegada do final do ano, em busca de lucros. Com o recuo observado nesta terça, já são 10 sessões de baixa para a oleaginosa.
As previsões de chuvas que seguem sendo apresentadas para a Argentina também se mantêm como fator de pressão sobre os preços. As precipitações chegaram a boa parte da área agrícola e há mais volumes sendo esperados para as próximas semanas.
No Brasil, as cotações recuaram de forma bastante expressiva nesta terça-feira refletindo a combinação das perdas em Chicago e mais o dólar em queda. A moeda americana fechou com perda de 0,04% e R$ 3,297.
No interior, as baixas ficaram entre 0,85% e 3,17%. Já nos portos, estabilidade entre a maior parte das referências. No terminal de Rio Grande, R$ 73,50 no disponível e R$ 73 para a safra nova, sem variação. Em Paranaguá, baixa de 0,68% no disponível, para R$ 73 e R$ 73,50 para a safra nova.