Após as boas altas registradas na sessão anterior, os futuros da soja têm uma terça-feira de estabilidade na Bolsa de Chicago. As cotações, por volta de 7h20 (horário de Brasília), só apresentavam leves ganhos de 0,50 ponto no março/18 para US$ 10,10 e de 0,25 ponto para US$ 10,29 no julho.
O clima na América do Sul está no foco do mercado, principalmente em função de uma força maior entre as especulações sobre os efeitos do La Niña. “As preocupações são maiores sobre a América do Sul, que já está necessitada de chuvas, com a Argentina, particularmente, estando no foco do mercado”, diz a consultoria internacional Agritel. “Há um déficit hídrico que pode reduzir a produtividade da soja e do milho em algumas regiões”.
Além disso, para a Argentina, como explica o analista do Commonwealth Bank da Australia, “na Argentina, as previsões climáticas indicam condições de um tempo mais quente e seco persistindo até dezembro”.
As condições, portanto, puxam não só os futuros da soja em grão, como também do farelo, já que os argentinos são os maiores produtores e exportadores do derivado.
Para ajudar na sustentação das cotações, porém, analistas internacionais afirmam que os futuros negociados na CBOT precisam de novidades fortes sobre a demanda pelos produtos norte-americanos. Embora o consumo gloabl siga bastante forte, o desempenho das vendas e dos embarques americanos está mais baixo do que na temporada anterior, enquanto as exportações brasileiras de soja já superaram todos os recordes.
Somente até novembro, as vendas brasileiras já somavam 65,8 milhões de toneladas, contra o volume total do ano comercial anterior de quase 52 milhões de toneladas.
Diante disso, já há, inclusive, expectativas de que, na próxima semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) poderia até mesmo reduzir sua estimativa de exportações no boletim mensal de oferta e demanda de dezembro.