Nesta terça-feira, o mercado da soja fechou a sessão na Bolsa de Chicago (CBOT) com leves altas, de pouco mais de cinco pontos nos principais vencimentos, após as cotações experimentarem uma queda no dia anterior. Steve Cachia, diretor da Cerealpar e consultor do Kordin Grain Terminal, em Malta, destaca que “hoje foi um dia muito parado”, trazendo uma tentativa de recuperação em função de um sentimento de que a queda do último pregão teria sido exagerada.
A situação na Argentina continua sendo o fator principal no momento. As chuvas que ocorreram no último final de semana não foram generalizadas e o mercado carrega dúvidas, tendo em vista que há áreas que ainda sofrem com o quadro de seca.
O mercado climático também deve começar sua atividade nos Estados Unidos, bem como as estimativas de área serão colocadas em jogo pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no final do mês. A probabilidade é de que o governo americano aumente sua área de soja e diminua a área de milho.
Uma demanda maior pela soja brasileira também se faz presente em decorrência da iminência de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, uma vez que a demanda global continua forte, liderada pelo país asiático.
Nestes últimos dias, Cachia aponta que há produtores brasileiros que aproveitaram para participar das altas, mas que há uma parcela que entendeu que as altas ainda não chegaram ao máximo limite. Com isso, ele salienta que o mercado não possui uma mão única e que apenas um fator externo à questão argentina seria capaz de trazer novos patamares de mudança.
Tudo indica, porém, que o Brasil já comercializou mais da metade de sua safra, com diferenciação entre os estados – em maior número no Mato Grosso e em menor número nos estados do Sul.