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Soja: após USDA, mercado fecha em queda em Chicago

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Os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) chegaram, surpreenderam e os futuros da soja despencaram na Bolsa de Chicago. As cotações perderam mais de 3% na sessão desta quinta-feira, e voltaram ao intervalo dos US$ 9,30 a US$ 9,50 por bushel. O contrato novembro/17 – o mais negociado neste momento e referência para a safra americana – foi a US$ 9,43.

Enquanto os traders apostavam em uma redução de 1 a 2 milhões de toneladas na produção de soja dos EUA, o relatório mensal de oferta e demanda deste agosto trouxe uma colheita projetada em impressionantes 119,23 mihões de toneladas. A produtividade foi elevada, portanto, de 54,42 para 56,02 sacas por hectare.

Além de um rendimento maior, a área plantada da safra norte-americana é quase 6 milhões de toneladas maior do a da temporada anterior com 36,22 milhões de hectares.

Dessa forma, os estoques finais da nova safra americana também foram revisados para cima – ficando em 12,93 milhões de toneladas – e ajudando a pesar sobre as cotações, embora os da safra velha tenham sido ligeiramente reduzidos para 10,07 milhões de toneladas.

 

Os novos números não foram bem recebidos pelo mercado ou por analistas e consultores. Para Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, “essas estimativas são muito altas e uma piada de mau gosto”. E completa. “Mas, vamos ver. O centro de Illinois tem muitos campos de soja, mas as plantas este ano são mais baixas. O miilho e a soja estão muito desiguais”.

Já segundo Brian rydlund, analista de mercado da CHS Hedging, o choque nos preços da soja foi enorme. “Ninguém esperava por isso. Acredito que as safras ficaram maiores desde 1º de agosto na maioria das áreas em função do clima. Os traders aguardavam por um relatório amistoso e tiveram uma surpresa e tanto”, diz.

Para a consultoria internacional Benson Quinn Commodities, nesse momento, “esse relatório do USDA tira todas as chances de um rally pré-colheita em Chicago. Assim, boa parte das atenções do mercado se voltam agora para os movimentos de venda que se seguirão a partir desses dados e dos fechamentos desta quinta-feira na CBOT.

Assim, para Ginaldo Sousa, diretor da Labhoro Corretora, passadas as emoções do relatório, o mercado internacional deverá voltar seu foco para o clima no Meio-Oeste americano e a conclusão da safra de soja no país. “O clima nos próximos 15 dias será vital para a definição da safra de soja, pois a maioria das lavouras está em fase final de enchimento de grãos, ou seja, as chuvas são essenciais para o período final de produção, não havendo muito mais tempo após esse período para recuperação e melhora das condições das lavouras”, explica Sousa.

Ainda como explica o diretor da Labhoro, a grande questão se dá sobre as estimativas de perdas de produtividade que poderiam ser superadas pela área em alguns locais.

“O Meio-Oeste, ou seja a grande área de produção, incluindo os estados do norte do Corn Belt, representa 75% da safra de soja, e tem quebras significativas. Ela pode ser superada na produtividade final por apenas 25% restante, ao ponto do USDA aumentar a produção final em 1,4 bushel por acre, passando de 48 para para 49.4? Eis a questão Senhores. Está certo isso? Teremos revisão em Setembro?”, questiona o executivo.

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