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Soja: apesar de lucros em Chicago, preços no Brasil sobem no disponível

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O dia foi de estabilidade para os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (19). Os futuros da oleaginosa trabalharam a maior parte do pregão em campo negativo, exibindo, porém, somente ligeiras baixas e terminaram o dia com perdas de pouco mais de 4 pontos entre os vencimentos mais negociados. Ainda assim, a posição maio/17 segue acima dos US$ 10,70 e o julho/17, dos US$ 10,80 por bushel.

Na contramão desse movimento, porém, as cotações da oleaginosa no mercado disponível subiram nesta quinta, mesmo com um novo recuo do dólar. Em algumas praças de comercialização, os ganhos ultrapassaram 1%, principalmente nas da região Sul do Brasil. No Rio Grande do Sul e Paraná, as referências têm variado entre R$ 68,00 e R$ 76,00 por saca.

A exceção foi Castro, no Paraná, onde foi registrada uma baixa de 0,59%, com a referência chegando aos R$ 74,06/saca e Tangará da Serra, MT, com queda de 0,79% para R$ 63,00.

Já nos portos, os preços cederam frente à combinação de Chicago e dólar em queda. No terminal de Paranaguá, perdas de 0,63% para R$ 79,50 tanto no indicativo do mercado disponível, quanto no mercado futuro, com referência para março/17. Já em Rio Grande, o disponível foi a R$ 78,00, recuando 1,89% e, para junho/17, R$ 80,00 por saca e baixa de 1,84%.

Nesta quinta, o dólar encerrou os negócios com baixa de 0,58% para ser cotado a R$ 3,2002 e, segundo informações da agência Reuters, parte da pressão veio da intervenção mais intensa do Banco Central. Mais cedo, porém, a divisa chegou a trabalhar em alta diante das sinalizações de maiores altas dos juros nos EUA. A volatilidade, porém, já sinaliza a cautela dos investidores um dia antes da posse do novo presidente americano Donald Trump.

Bolsa de Chicago

Em Chicago, o foco principal do mercado se mantém sobre a safra da América do Sul. Se no Brasil os problemas são pontuais, na Argentina, uma imagem de satélite divulgada pelo jornal La Nacion mostrou que já há 2,5 milhões de hectares perdidos por conta das inundações e mais 1 milhão deles ainda sob risco.

Nesta quinta-feira, a Bolsa de Buenos Aires diminuiu, mais uma vez, a área estimada para a soja para 19,2 milhões de hectares, apenas 100 mil a menor do que sua projeção anterior, apesar dos problemas. A produção de soja argentina, portanto, vem deixando cada vez mais distante o potencial inicial de quase 60 milhões de toneladas.

Apesar disso, o mercado internacional passou por uma realização de lucros nesta quinta, após quatro sessões consecutivas de ganhos expressivos e uma mudança importante de patamar dos futuros em Chicago. Dessa forma, o março/17 fechou com US$ 10,70, caindo 4,75 pontos, e o maio/17, US$ 10,78, com queda de 5,25 pontos.

Além disso, a questão macroeconômica e política também ainda atrai parte da atenção dos traders. “O mercado vem operando com boa movimentação técnica, com olhos voltados para a posse de Trump na sexta-feira, e assim ningém querendo arriscar muito no dólar frente às principais moedas. Dessa forma, Chicago tem se apegado aos fundamentos e à boa presença dos grandes investidores nas commodities”, explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.

Fonte: Notícias Agrícolas

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