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Soja: apesar de alta em Chicago, MT vê o disponível com R$ 50 por saca

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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão desta quarta-feira em alta e recuperando parte das baixas das últimas e consecutivas sessões. Os ganhos entre os contratos mais negociados ficaram entre 5,75 e 6,75 pontos, com o maio/17 – referência para a safra brasileira – fechou o dia com US$ 9,44 por bushel. Já o agosto/17 foi a US$ 9,57, após testar, ao longo do pregão, algo acima dos US$ 9,60.

Para analistas internacionais, o suporte às cotações veio, em partes, das notícias das chuvas intensas que têm sido registradas na Argentina. “As previsões das precipitações para a próxima semana nas regiões Sul estão começando a aumentar as preocupações com a possibilidade de os estragos da última safra se repetirem”, disse Kim Rugel, da Benson Quinn Commodities, ao portal internacional Agrimoney.

Apesar disso, analistas nacionais afirmam ainda que essa pode ser uma visão prematura, insuficiente para promover uma sustentação duradoura aos preços na CBOT. Como explica o economista e analista de mercado Camilo Motter, o recuo recente e expressivo dos preços deu espaço para uma recuperação técnica.

“Os ganhos são basicamente técnicos, tendo investidores à frente, recompondo suas carteiras. No entanto, ganhos no petróleo (registrados mais cedo) e a estabilidade do dólar também ajudaram. Em termos fundamentais, o mercado está atento à evolução da colheita na Argentina, onde chuvas estão impondo atraso nos trabalhos de campo.

A força para ganhos mais consistentes, no entanto, é limitada pela grande oferta global e pela perspectiva de plantio recorde nos EUA”, diz Motter.

Assim, a volta dos fundos investidores à ponta compradora do mercado e mais um retorno da China aos negócios após um feriado de dois dias nesta semana também foram importantes combustíveis para os ligeiros ganhos observados nesta quarta-feira. Ao lado dessas informações, boas altas observadas entre os futuros do óleo de palma contribuíram.

Preços no Brasil

Os preços no Brasil, no entanto, não encontraram o mesmo espaço para voltar a subir diante do limite imposto pela movimentação do dólar frente ao real. Apesar da leve alta de 0,29%, a moeda americana fechou o dia com R$ 3,10 e, portanto, em um patamar ainda insuficiente para trazer os valores da saca no Brasil a níveis atrativos.

No porto de Paranaguá, a soja disponível encerrou os negócios com R$ 64,00 por saca, e ficou estável, enquanto no mercado futuro, referência maio/17, subiu 0,78% para R$ 65. Já em Rio Grande, os valores caíram no futuro – junho/17 – para R$ 65, com uma baixa de 1,22%, enquanto o spot ficou estável nos R$ 64,00 por saca. Em Santos, o preço também perdeu 1,23% para encerrar o dia em R$ 64,20.

No interior, a maior parte das principais praças de comercialização terminaram a quarta-feira com estabilidade. Aquelas onde houve movimentação, acumularam novas baixas, como em Rio do Sul/SC, com baixa de 3,33% para R$ 58 por saca, ou Campo Novo do Parecis, perdendo 1,96% para chegar aos R$ 50, mesmo preço observado em Sorriso.

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