Nesta quinta-feira, produtores da região de Bauru, interior de São Paulo, visitaram a Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP), para conhecer os sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Os produtores têm interesse em implantar sistemas integrados em suas propriedades e buscam informações técnicas para ver a viabilidade da integração.
O pesquisador Luiz Adriano Cordeiro e o analista Hélio Omote, do setor de Transferência de Tecnologia, apresentaram as características dos sistemas e seus benefícios. Cordeiro destacou a vantagem do ILP ou ILPF para diversificar a renda do pecuarista e diminuir os riscos da monocultura.
João Gabriel Brasil, que tem uma propriedade de 120 hectares, planeja investir na área em 2018 e pensa na integração da pecuária com grãos. Atualmente, 60 hectares estão arrendados para plantação de cana-de-açúcar, 56 hectares são usados para pecuária de corte e quatro para cultivo de palmito.
Já o empresário Roberto Abramides quer iniciar na atividade agropecuária e tem buscado informações para implantação do sistema mais viável. O ILPF chamou sua atenção, por isso procurou a Embrapa para ampliar seus conhecimentos a respeito do assunto.
Integração
Vários modelos de integração são utilizados no país. O arranjo depende do foco do produtor e da área que ele pretende diversificar. Não existe um modelo único que funcione em todas as situações. Por isso, é importante que o produtor conheça as possibilidades e que busque a melhor alternativa para sua realidade.
O ILPF é um dos mais complexos porque envolve a produção de grãos, de fibras, de madeira, de energia, de leite ou de carne na mesma área, em plantios em rotação, consorciação ou sucessão.
O sistema funciona basicamente com o plantio, durante o verão, de culturas agrícolas anuais (arroz, feijão, milho, soja ou sorgo) associadas a espécies forrageiras (Brachiaria ou Panicum). Além disso, árvores são incorporadas.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias