O Sindicato Rural de Sorriso divulgou, na última sexta-feira, nota de repúdio ao tabelamento dos preços do frete de transporte rodoviário de cargas apontando que isso “causou caos econômico, político, jurídico e social em todo o país, prejudicando vários segmentos da economia”. O sindicato que representa os produtores da ‘capital nacional do agronegócio’ considera que a medida provisória 832 é uma “indevida interferência na ordem econômica do país violando a livre iniciativa e a livre concorrência, inviabilizando economicamente empreendimentos e empresas dos mais diversos setores diante do aumento excessivo dos fretes, sendo alvo de diversas ações judiciais como as ações da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), Associação do Transporte Rodoviário de Cargas e da Confederação Nacional da Indústria”.
O governo federal publicou a medida do tabelamento atendendo reivindicação dos caminhoneiros que fizeram paralisação nacional e também cobraram redução no preço do óleo diesel. Várias entidades do agronegócio apontam que o tabelamento do frete prejudica o setor que terá custo maiores para transporte de soja, milho e demais produtos.
O “Sindicato Rural de Sorriso entende que, neste momento, a sociedade precisa estar unida e focada no verdadeiro problema que é a alta tributação imposta pelo governo, a má gestão dos recursos públicos e a corrupção que elevam excessivamente os custos do combustível. Não há espaço para atitudes de egoísmo e individualismo quando se luta pelo bem de um país”. “As soluções devem ser benéficas para todas as classes, seja para o transporte de cargas por autônomos, seja para o agronegócio, seja para a indústria, para o comércio e para prestação de serviços. Se apenas um único setor é beneficiado e ainda à custo da estagnação total de outros segmentos econômicos do país, o que se alcançou não é uma solução, mas sim uma medida de tirania”.