O setor agropecuário em Mato Grosso irá entregar ao governo estadual e Assembleia Legislativa uma contraproposta ao projeto do novo Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Segundo divulgado pelo Fórum Agro MT, grupo de lideranças do setor, o documento será entregue a Mauro Mendes e deputados na próxima segunda-feira (14).
Na última terça-feira (8), representantes de várias entidades participaram de uma reunião com o governador e sua equipe econômica. Na ocasião, discordaram da proposta feita pelo Poder Executivo. Nesta sexta-feira, as mudanças propostas foram novamente analisadas e o setor manteve a posição.
“A nova proposta não leva em consideração o impacto negativo que causará na atividade. Foi feita para fechar as contas do governo e não podemos ficar a todo momento a mercê de decisões para cobrir o rombo do Estado. O governo é novo, mas o Estado é o mesmo. Até agora não ouvimos propostas para realmente acabar com o crescimento dos gastos. Na próxima semana vamos apresentar para o governo a nossa contraproposta”, afirmou o presidente do Sistema Famato e do Fórum Agro, Normando Corral.
Segundo o projeto, o fundo passará a incidir sobre as operações de exportações e, além da soja, algodão, madeira e gado em pé, outros produtos primários como o milho, cana de açúcar e a carne para exportação também serão taxados. Mais da metade da finalidade do fundo, que até então era para obras de infraestrutura em estradas, será destinada para outros investimentos do governo.
O setor produtivo rural divulgou que discorda da proposta de unificação das versões Fethab e Fethab 2, do prazo de permanência do imposto e do acréscimo da cobrança sobre as demais culturas.
Segundo o governo, a arrecadação estadual proveniente do novo Fethab passará de R$ 971 milhões para R$ 1,513 bilhão, um incremento de R$ 541 milhões ao ano aos cofres públicos. O resultado, de acordo com a equipe de Mauro, “será mais investimento em segurança, educação, assistência social e infraestrutura”.
