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Sachetti diz durante debate do projeto para reduzir agrotóxicos que produtor não pode ser humilhado

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: Só Notícias/Diego Oliveira/arquivo)

O deputado federal Adilton Sachetti (PRB) defendeu a necessidade do uso de defensivos agrícolas nas lavouras de grande escala durante reunião da Comissão Especial do Congresso para discutir o projeto de lei 6670/2016, que trata sobre a Política Nacional de Redução do Agronegócio, realizada ontem, em Brasília. O parlamentar mato-grossense, que é agricultor, ressaltou que não é contra a produção orgânica e nem contrário ao uso do bioinseticidas, mas defende que a utilização do agrotóxico é necessária para viabilizar a grande agricultura.

Sachetti usou países como Estados Unidos, Austrália e outros da Europa como exemplo de produtores que utilizam agrotóxicos e que não sofrem retaliação como no Brasil. Para ele, tem que ser aplicados os mesmo parâmetros de julgamento.

“Não há maneira de produzirmos no Brasil se não utilizarmos estes produtos. Agora, ninguém usa porque quer. Nós usamos por uma necessidade, porque precisa. Se der veneno na sua roça, você vai usar veneno para formiga porque não tem outra maneira de combatê-la. Se der qualquer praga diferente da que você está acostumado, você vai usar produto químico, porque não tem como, hoje em dia, com a profusão de novas pragas que vêm pra dentro da lavoura, não utilizar estes produtos”, justificou.

O parlamentar frisou que todos agrotóxico precisa ter receituário, embora admita que alguns produtores os utilizem de forma indiscriminada, mas pediu que os casos não sejam generalizados e atribuídos a toda classe e que não utilizem estes argumentos para “humilhar” o agricultor.

“Qual produtor gostaria de usar esses produtos por conta e risco dele? Qual produtor quer envenenar alguém? É lamentável que venham aqui querendo enganar a sociedade dizendo que nós queremos envenenar as pessoas. Para defender suas ideias, não precisa ofender os outros, não precisa humilhar os outros, não precisa pisar em quem trabalha de forma honesta”, enfatizou.

“Nenhum produtor quer usar agrotóxicos, somos favoráveis à diminuição, mas temos que usar para proteger a lavoura. Se tivéssemos outra maneira de produzir sem usar agroquímicos, todos usaríamos, mas isso ainda não é possível. Sem contar que reduzindo o uso, gastaríamos menos”, completou.

O projeto de lei para redução do agrotóxico foi apresentado em 2016 e tem origem em seminários promovidos para Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que espera a votação ainda para este ano.

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