Produtores, dirigentes de entidades, lideranças políticas começam, nesta quinta-feira (23), o Estradeiro da Integração, para verificar as condições de trafegabilidade da BR-163, a partir da divisa com Mato Grosso até os portos em Miritituba e Santarém, por onde está sendo escoada parcela considerável da safra mato-grossense. A saída será de Alta Floresta em direção às estações de Transbordo de Miritituba, no município de Itaituba. De lá, a comitiva seguirá em direção ao terminal portuário em Santarém, término da BR-163. Ao todo, o percurso de três dias será de cerca de 1.270 km. Neste trecho há cerca de 200 km ainda não pavimentados e é uma das permanentes cobranças ao governo federal para conclui-lo.
Neste ano, o Exército assumiu parte da tarefa para concluir as obras, o que deve acontecer nos próximos anos. O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil destinou R$ 128,5 milhões do orçamento de 2017 para obras no trecho paraense, de 65 km entre Novo Progresso e Igarapé do Lauro. A rodovia, juntamente com as hidrovias dos rios Tapajós e Amazonas, constituem a principal rota de acesso aos portos do Pará e do Amapá, que integram o denominado Arco Norte.
O Ministério da Agricultura estima que o escoamento, até dezembro, complete 8 milhões de toneladas de soja e de milho via 163 e portos paraenses. A capacidade de transbordo dos terminais em Miritituba, no Pará, é de 16,5 milhões de toneladas, enquanto a soma da disponibilidade portuária de exportação de todos os portos do estado é de 21,5 milhões de toneladas.