|1132|
O Conselho Deliberativo do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) se reuniu na última quarta-feira (25) na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Durante a reunião, foi oficializada a saída do atual presidente do Instituto, Luciano Vacari, que será substituído pelo atual diretor de Operações da entidade, Wagner Bachi. O nome será apresentado ao governador Pedro Taques para formalização.
Bachi apresentou como será o sistema de emissão dos selos de qualidade do Imac, que envolvem o produtor até chegar ao consumidor final. “Fizemos os testes do sistema durante uma semana e tudo correu bem. O nosso sistema é 100% seguro, informatizado, feito com a mais alta tecnologia e somente o Imac pode gerenciar”, disse. Outra novidade será um aplicativo que permitirá que o produtor acompanhe em tempo real todo o processo de abate. “Nosso selo também terá um QR Code que permitirá que o consumidor saiba toda a origem daquele animal quando escolher na prateleira do supermercado”.
A carne que recebe o selo tem toda a garantia de procedência, de rastreabilidade e de sanidade e isso, resulta em um produto de alto padrão de qualidade com mais durabilidade nos estabelecimentos comerciais. “Isso tudo fará com que os produtores passem a enxergar o seu produto com mais apreço e também possibilitará o aumento do valor bruto da produção que elevará os rendimentos fomentando toda a cadeia”, pontuou Bacchi.
Vista como um instrumento fundamental para o desenvolvimento da agropecuária de Mato Grosso, a carne com o selo do Imac servirá para dar ainda mais credibilidade ao produto feito no Estado, que hoje exporta para 18 países e é o maior produtor do Brasil. “Queremos ser reconhecidos como o Estado que produz a melhor carne do País. Para isso, precisamos ter um produto com garantia de origem, respeito às boas práticas de produção e responsabilidade social. Isto é fundamental para o Estado. Todo mundo tem a ganhar com isso”, explicou Vacari.
Durante a reunião foram aprovados os novos conselheiros da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o plano orçamentário, o plano de indicadores e metas e o plano de ações do Imac para 2017. Também foram definidos os termos para contratação de pessoal e de materiais.
O secretário da Sedec, Ricardo Tomczyk afirmou que a reunião é um pontapé inicial para o planejamento do Imac. “Nossa intenção é dar celeridade ao processo e buscar, o quanto antes, os recursos para o Instituto, que terá um papel fundamental na questão da valorização e do fomento de toda a cadeia produtiva de carne no estado. O governo acredita no projeto do Imac e se coloca como aliado para que todos sejam beneficiados”, disse.
O governo criou o Instituto, mas, a participação é voluntária. Para aderir, os produtores devem preencher alguns requisitos: rastreabilidade, indicadores socioambientais, cadastro ambiental rural (CAR) e adquirir as balanças de pesagem. Após esta etapa, os que estiverem 100% de acordo com os critérios entram no Sistema eletrônico de informação das industrias de carne – SEIIC que é gerenciado pelo Imac. Só então, a carne receberá o selo: Imac – Carne de Mato Grosso.
“Hoje, o Estado conta com 40 frigoríficos, porém, apenas 22 estão ativos e a ideia do Imac é abater 100% dos animais no Estado, iniciando pela Marfrig, em Tangará da Serra que hoje tem abate de 1.200 animais/dia. Quando o sistema estiver operando em todos os frigoríficos do Estado, acreditamos atingir entre 1,5milhão a 2milhões de cabeças/ano certificadas pelo Imac”, explicou Bacchi.
O diretor do Instituto ressalta ainda que neste momento, o Instituto dialoga com várias entidades, entre elas, Universidades, Embrapa, Ministério da Agricultura com objetivo de promover pesquisas de qualidade que auxiliem o produtor e o consumidor na tomada de decisão. Cumprindo todos os passos, o Imac espera atingir os mais exigentes mercados comprados de carne, nacionais e internacionais.
A previsão é que as primeiras remessas de carne com selo Imac sejam entregues entre março e abril deste ano.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias (foto: assessoria/arquivo)