O governador Pedro Taques recebeu, nesta quinta-feira, membros do Parlamento Europeu para discutir o modelo produtivo da carne em Mato Grosso. Secretários de Estado e entidades ligadas à pecuária também participaram do encontro, realizado no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. “Passamos a manhã toda discutindo com nossos técnicos e com os parlamentares europeus para que eles pudessem tirar todas as dúvidas a respeito da nossa produção”, explicou o governador.
O Estado é responsável por 25% de todas as fazendas do Brasil habilitadas a exportar carne para a União Europeia, segundo o diretor executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, que ressaltou que a discussão é válida, pois o tema trata de sanidade animal e de consumo humano.
“Ficamos satisfeitos com a visita para conhecer o modelo produtivo de Mato Grosso, a maneira como fazemos o controle sanitário e como é compartilhada a responsabilidade entre o Governo do Estado, Governo Federal e produtores. Isso dá tranquilidade e transparência para todos”, afirma Vacari.
No encontro, o Parlamento Europeu aproveitou para tirar dúvidas a respeito da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal no ano passado. “A operação Carne Fraca tratou de corrupção no sistema de inspeção. Não foi um problema de qualidade do produto. Dos 11 mil agentes federais do Ministério da Agricultura, apenas 30 foram investigados e somente cinco foram afastados. Dos cinco mil estabelecimentos comerciais com inspeção federal do Brasil, apenas 20 foram investigados e apenas três interditados. Nenhum destes agentes e nenhuma destas indústrias são de Mato Grosso, o que mostra nosso comprometimento com a qualidade e com a produção sustentável no Estado”, explicou o diretor à comitiva.
A presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Daniela Soares, explicou que, do total de 105 mil propriedades rurais de Mato Grosso, apenas 455 estão habilitadas á exportação para a União Europeia. “Temos hoje, dentro dessas 455 propriedades, mais de cinco milhões de cabeças. Ontem a comitiva teve a oportunidade de conhecer dois desses locais, duas das maiores que exportam para a União Europeia. Lá, conseguiram verificar toda a qualidade, tanto do rebanho, quanto sanitária, e os controles feitos pelo produtor rural e pelo serviço oficial. Saíram de lá satisfeitos com o que viram, porque realmente o Estado está cumprindo a legislação na prática.”
Outro destaque da reunião, foi a Estratégia PCI – Produzir, Conservar e Incluir, lançado pelo Governo do Estado na Convenção do Clima (COP 21), em Paris, com o objetivo de fortalecer a produção agrícula e a presevanção ambiental no Estado.