A cadeia produtiva brasileira de peixes cultivados movimentou R$ 4,3 bilhões, em 2016. No período, o país produziu 640,51 mil toneladas, sendo que desse total não estão incluídos camarões, pesca marinha e importações. Ainda importou cerca de 500 mil toneladas de pescado em filé, para completar a demanda interna.
Os números são da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), que estima o consumo nacional de peixes em dez quilos por habitante ao ano, ante os 9,5 quilos per capita, registrados em 2015, quando o Brasil produziu 638 mil toneladas, importou cerca de 450 mil toneladas e faturou R$ 4 bilhões.
Segundo Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR, os dados da instituição, que foram publicados no Anuário Brasileiro da Piscicultura – Edição 2016, representam a estatística mais exata da produção nacional. Isso porque foram colhidos a partir das informações das empresas do setor e dos fornecedores de insumos, que incluem rações, medicamentos e equipamentos.
Medeiros afirma que a piscicultura brasileira enfrentou problemas pontuais, no ano passado, como a seca implacável no Nordeste e em Mato Grosso. “Com isso, alguns Estados apresentaram queda da produção. Por outro lado, os grandes Estados produtores, como Paraná, Rondônia e São Paulo, registraram sólido crescimento da criação de peixes cultivados”, informa.
Para 2017, a expectativa é retomar os níveis históricos de produção, com um incremento ao redor de 10%. “Acreditamos que, até 2025, o Brasil produzirá o dobro do volume atual de peixes”, estima o presidente da Peixe BR, instituição que reúne toda a cadeia de pescados, incluindo produtores, associações, indústrias de ração e equipamentos.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias