Sebastião Barbosa, pesquisador aposentado da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), assumiu, hoje, a presidência da estatal, vinculada ao ministério da Agricultura. Ele assume com o encerramento do mandato de Maurício Antônio Lopes, que está na presidência desde 2012. Sebastião é engenheiro agrônomo, especialista em Entomologia (estudo dos insetos) e foi contratado pela Embrapa em 1976, atuando em programas de controle e erradicação de pragas. Por 17 anos também trabalhou na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), no Serviço de Proteção de Plantas, em Roma, Itália; e no escritório para a América Latina e o Caribe, em Santiago, Chile – nesse período manteve-se licenciado sem receber rendimentos da Empresa. Foi também coordenador de cooperação internacional da Embrapa e Chefe-Geral da Embrapa Algodão, centro de pesquisa localizado em Campina Grande, na Paraíba, além de outras atividades exercidas na estatal.
Filho de agricultor sem terra do interior de Minas Gerais, o novo presidente da Embrapa terá pela frente a missão de conduzir a mais reconhecida empresa pública de pesquisa da faixa tropical do mundo em um período de fortes restrições orçamentárias e financeiras e a possíveis mudanças no Governo Federal, com a posse do novo presidente da República. Também recebe do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a incumbência de aproximar mais a estatal do setor produtivo. “Nossa agenda precisará ser mais conectada com os atuais problemas dos produtores brasileiros, numa visão imediatista, mas também ser proativa, na solução de problemas que ainda não estão no radar dos segmentos estratégicos”, afirma Sebastião Barbosa.
Ele defende que a Embrapa precisará ser criativa para buscar recursos suplementares e complementares na iniciativa privada e em instituições internacionais. “Para esses desafios, espero contar com mais comprometimento, dedicação e esforço de todos os empregados, que já mostraram ter experiência, conhecimento e vivência com o setor privado, na grande revolução que ajudamos a construir na agricultura brasileira”, finalizou.
A transição de gestão da Presidência da Embrapa foi iniciada no dia 1º de outubro. A mudança de comando não inclui os três diretores-executivos, que assumiram o cargo em julho de 2017 e possuem mandatos de dois anos, podendo ser renovados. A sucessão vai dar continuidade ao processo de revisão estrutural e funcional da Embrapa, iniciado em 2015 e demandado pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, com o objetivo de aproximar ainda mais a Embrapa do setor produtivo.