O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antonio Galvan e o consultor técnico Wanderlei Dias Guerra se reuniram com professores e alunos da universidade de Nebraska, em Lincoln (EUA) e com produtores da região em busca de novos conhecimentos sobre o uso do Dicamba na produção de grãos, todos deram alerta quanto ao uso do herbicida. “Nos passaram muitos detalhes sobre essa tecnologia. Todos têm a mesma preocupação quanto a volatilização do herbicida Dicamba”, apontou Galvan.
Ainda segundo o presidente, produtores americanos relataram que estão plantando soja com resistência ao Dicamba por receio de perderem parte da produção caso algum produtor vizinho esteja utilizando o herbicida. “Não porque ele precisa ou utiliza o herbicida, mas porque precisa se proteger de quem aplica em volta para não queimar a lavoura dele. Ou mesmo sem utilizá-la, planta com resistência ao herbicida para que ele não atinja algum vizinho que não tenha plantado com tecnologia resistente ao Dicamba”, acrescentou.
De acordo com o consultor técnico da entidade, os produtores visitados relataram ainda, que em anos anteriores houve perda na produção naqueles plantios que em que não tinham tecnologia resistente ao Dicamba. “Quando ele plantava soja não resistente registrou caso de perda de 50% na lavoura dele”, explicou Guerra.
Galvan concluiu que a visita foi para “realmente para ouvir de outros produtores e pesquisadores sobre o uso desse herbicida que não nos traz segurança. Não necessitamos dessa tecnologia, portanto os riscos são muito maiores que os benefícios. Essa é uma grande preocupação nossa, já que os nossos produtores plantam soja convencional para melhorar a renda”. A informação é da assessoria da Aprosoja.