A situação do milhocultor no Estado não é das mais favoráveis no momento. De acordo com boletim divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com a colheita tomando forma, se aproxima o momento de escoar o grão, o que acaba tornando os preços dependentes dos gastos de envios aos portos.
De acordo com o Imea, o frete alto, “em conjunto com as baixas cotações praticadas no Estado, faz com que o cenário não seja bom. Em Sorriso, no mês de junho do ano passado o milho disponível estava cotado a R$ 34,21/sc, enquanto o frete Sorriso-Santos estava a R$ 16,14/sc, com diferença de R$ 18,07/sc. No entanto, neste ano a diferença de apenas R$ 0,81/sc denota que o custo para escoar o cereal logo poderá estar mais alto que o seu preço”.
Para o instituto, nos próximos meses, a alta produção, unida à indisponibilidade de armazéns em Mato Grosso, pode pressionar os fretes. “Desta forma, a dependência logística do cereal reforça a necessidade de melhoria neste aspecto e na agregação de valor ao grão dentro do Estado”.