O milho é uma das diversas que sofrem influência direta do dólar, e, com a instabilidade política permeando o mercado de câmbio, uma oportunidade de compra se abriu nos últimos dias para os pecuaristas mato-grossenses. Enquanto o cereal registrou desvalorização semanal de 5,23%, chegando à menor cotação semanal desde a última semana de julho de 2018, pautada sobretudo pela queda no dólar, o boi gordo acumulou alta de 0,60%, atingindo a maior média semanal de 2018, R$ 133,79/@. A análise foi divulgada, esta tarde, pelo IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
“Com isso, a relação de troca boi gordo/milho ficou em 6,31 saca/@, o maior valor desde a última semana do mês de julho deste ano. Desta forma, oportunidades se apresentaram aos pecuaristas que precisavam adquirir o cereal, no entanto, a manutenção deste cenário no longo prazo é dificultada, pois o período de entressafra se intensificará nos próximos meses e a instabilidade política pode levar o câmbio para todos os lados possíveis”, aponta.
“Com a dificuldade para encontrar tanto boi gordo quanto vaga gorda, os frigoríficos estão tendo que desembolsar mais para comprar bovinos. Desta forma, o boi gordo e a vaca acumularam alta de 0,62% e 0,94% respectivamente, na última semana”.
Com a valorização do boi gordo em Mato Grosso, o diferencial de base com São Paulo registrou estreitamento de 1,39 pontos percentuais e atingiu, na última semana, o valor de -11,46%.