O plantio do milho cultivado após entra na reta final. Estão plantados 98,8% dos 4,485 milhões de hectares reservados à cultura em Mato Grosso nesta temporada, segundo boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na segunda-feira. Na região noroeste do Estado, a semeadura foi encerrada. No oeste, médio-norte e norte, ultrapassa 99% da área prevista.
No mesmo período do ano passado, 99,8% da área destinada para o milho estava semeada, apesar das lavouras ocuparem uma extensão maior, de 4,738 milhões (ha) no Estado. O atraso anual no plantio foi motivado pela demora no início do cultivo da soja. Apesar disso, a preparação de mais uma safra de milho em Mato Grosso mantém o padrão dos últimos 5 anos, afirma o gestor técnico do Imea, Paulo Ozaki.
Com a queda de 5,4% na área plantada, a estimativa é que sejam colhidas 25,905 milhões de toneladas do grão, 14,9% a menos que as 30,451 milhões (t) da última temporada. Na semana passada, a cotação do milho disponível em Mato Grosso valorizou 13,18% ao atingir R$ 20,10 a saca (60 kg). Na 1ª quinzena de março os preços subiram 11,3% sobre fevereiro, influenciados pela pressão nos mercados doméstico e internacional.
Para os analistas do Imea, a demanda aquecida pelo milho associada à pouca disponibilidade nas regiões ofertantes preocupa criadores e agroindústrias de aves e suínos. A expectativa para mudar esse cenário está na realização de leilões públicos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Assim, este é um momento de oportunidades para negociar o milho remanescente e fechar contratos futuros a bons preços no curto prazo”, dizem os analistas.