A semeadura de milho no Estado seguiu mais uma semana abaixo da média entre as últimas cinco safras. Assim, Mato Grosso sinalizou um avanço de 15 pontos percentuais ante a semana passada, apresentando um progresso mais intenso entre as últimas semanas, que segundo informantes foi justificada por alguns produtores que arriscaram colher a soja com umidade acima do padrão ideal, visando “encaixar” a semeadura do milho dentro da janela de plantio. A análise é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).
Com o resultado da semana passada, “Mato Grosso registra 35,96% das áreas esperadas semeadas enquanto para o mesmo período da safra 2019/20 era indicado 79,61%. Já para as regiões, o território do Vale do Araguaia (Nordeste) alcançou 46,75% semeado, sendo a mais adiantada. Por fim, a região centro-sul que totalizou 12,42% dos trabalhos concluídos, provocado pelo excesso de chuva na região que dificulta os trabalhos a campo, e segue com maior atraso registrado pelo instituto”, acrescenta.
O IMEA também apontou a primeira estimativa do custo de produção do milho de alta tecnologia da safra 2021/22 em Mato Grosso. A sustentação da moeda norte-americana em altos patamares e a comercialização avançada de insumos pelo produtor em relação aos últimos anos impulsionaram a elevação dos fertilizantes e corretivos (8,89%), semente de alta tecnologia (6,50%), e defensivos (4,85%). “Somado a estes fatores, podemos citar o custo com arrendamento que também apresentou alta expressiva, justificado pela valorização da saca de soja, uma vez que a oleaginosa é a principal forma de pagamento por parte do produtor arrendatário. Com isso, o custeio do milho se elevou 12,05% ante a safra 20/21. Por fim, levando em conta todos os fatores citados, para que o produtor mato-grossense consiga cobrir o seu custo operacional é necessário que negocie o cereal a um preço médio de R$ 22,43/saca”, conclui.