O plantio do algodão atingiu 26,4% da área estimada para a safra 2017/2018, que totaliza 725,563 mil hectares. Apresenta atraso de 20,28 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, quando cobria 46,6% das lavouras. Os dados são do boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado nesta segunda-feira.
O atraso foi ocasionado pela colheita tardia da soja, decorrente do forte volume de chuva neste começo de ano. A área cultivada nesta safra é 15,8% maior que a anterior, de 626,579 mil (ha). Com o aumento na área, a previsão é de uma produção 9,5% superior, de 1,156 milhão de toneladas.
“Como é de hábito em todas as safras, a Ampa está acompanhando a evolução do plantio de algodão na safra corrente. Embora as condições climáticas não tenham sido totalmente favoráveis neste início de safra, ainda estamos dentro da janela de plantio e o produtor está preparado para lidar com essa situação. Com isso, mantemos nossas estimativas de uma safra de algodão de aproximadamente 725 mil hectares, estimativa levantada a partir de consultas feitas aos associados da Ampa”, comenta o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Alexandre Schenkel.
O Imea destaca que as previsões meteorológicas indicam uma redução no volume de chuvas nos próximos dias, principalmente nas regiões sudeste, Centro-Sul e oeste, o que deve acelerar a semeadura do algodão. “Levando em conta que essas são as principais regiões produtoras de algodão no Estado é esperada maior fluidez nos trabalhos de campo para a próxima semana”, destaca o boletim.
No entanto, como ainda há previsão de alta intensidade de chuvas entre o fim de janeiro e início de fevereiro, o plantio ainda deverá sofrer influências do clima, permitindo pouco avanço na semeadura.