As chuvas intensas nas últimas semanas que atrasaram a colheita da soja no Estado causaram prejuízos para muitos produtores. Entre os dias 19 de fevereiro até o dia 4 deste mês, foram colhidos 3,37 milhões de hectares de soja em Mato Grosso, média de 224,49 mil hectares por dia. A média de grãos avariados de Mato Grosso ficou próxima de 9,08%, impactando em descontos ao sojicultor, já que o limite máximo é de 8%. Além disso, a alta umidade percebida nas últimas semanas exige mais custos para secar a soja, causando mais deduções ao produtor. A constatação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) no boletim da soja, divulgado ontem.
As regiões Médio-Norte, Nordeste, Noroeste e Norte mato-grossense receberam mais chuva no período e atrasaram a retirada dos grãos do campo. Esta demora em retirar o produto da lavoura gerou prejuízos à qualidade do grão, aumentando o número de grãos avariados nas cargas.
A safra 2020/21 começou com uma seca que levou o produtor a semear a soja tardiamente e de modo muito concentrado. Foram 6 milhões de hectares plantados em apenas duas semanas (entre 23/10 e 06/11 do ano passado. Como a seca se prolongou, 2,51% das áreas precisaram ser ressemeadas, exigindo mais custos do agricultor.”, acrescentam os analistas do instituto.
Porém, com a concentração da semeadura, muitas áreas ficaram prontas para a colheita no mesmo momento. Apesar da estrutura de máquinas dos produtores, choveu muito durante as últimas semanas, impedindo a retirada da soja da lavoura.