A avaliação consta na 21ª Pesquisa de Rodovias, divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional de Transportes (CNT). Segundo o levantamento, 71,1% (3.443 km) das rodovias do Estado apresentam algum tipo de deficiência, sendo avaliadas como “regulares, ruins ou péssimas”. Por outro lado, apenas 28,9% (1.399 km) da malha foi classificada como ótima ou boa. De acordo com a entidade, o quadro deficitário no pavimento encarece o custo do transporte rodoviário em 34,9%, o maior da região Centro-Oeste, onde a média é de 29,3%.
A pesquisa da CNT percorreu 4.842 quilômetros em Mato Grosso, avaliando as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via. A entidade classificou o pavimento como regular, ruim ou péssimo em 62,6% da extensão avaliada no Estado, enquanto que 37,4% foram considerados ótimos ou bons. Ainda segundo o levantamento, 43,5% da extensão pesquisada apresentam a superfície do pavimento desgastada.
O estudo também apontou que há problemas de sinalização em 65,4% da extensão avaliada (classificação regular, ruim ou péssimo). Em 34,6%, o Estado foi classificado como ótimo ou bom. Segundo a CNT, ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, 6,6% estavam desgastadas ou totalmente ilegíveis.
O tipo de rodovia (pista simples ou dupla) e a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria da via. Neste item, a pesquisa constatou que 72,6% da extensão pesquisada não têm condições satisfatórias de geometria, enquanto 27,4% tiveram classificação ótimo ou bom nesse aspecto. Conforme a CNT, o Estado tem 93% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla.
A pesquisa aponta que, apenas para as ações emergenciais de reconstrução e restauração das vias, estima-se que seriam necessários R$ 2,37 bilhões em Mato Grosso. Para a manutenção dos trechos desgastados, o custo seria de R$ 648,96 milhões.