Com um robusto setor agropecuário, o Brasil caminha para ser o maior exportador de carne bovina do mundo nos próximos anos. Para isso, o setor conta com um sistema sanitário e de inspeção rigoroso para atender aos mercados mais exigentes dos mais de 150 países importadores da carne brasileira.
A recente Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal, levantou algumas dúvidas sobre o processamento de carne pelos frigoríficos brasileiros. Houve desinformação quanto ao uso de químicos nas carnes, o que é permitido pela legislação, por exemplo.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o ácido ascórbico, aditivo alimentar usado no processamento da carne, não é cancerígeno e serve para conservar a carne. Antioxidante, o produto tem um limite de uso autorizado de apenas 0,02% na carne.
Muito se falou, também, sobre as partes do animal usadas para a elaboração de embutidos. Segundo o Mapa, é permitido o uso de carnes com origem de cabeças de suínos na fabricação das linguiças calabresa, o que não representa risco à saúde dos consumidores, tampouco irregularidades na fabricação desses produtos.
“As carnes obtidas das cabeças dos animais são compostas, principalmente, pelos músculos masséteres e pterigóides (músculos mastigatórios dos animais), juntamente à musculatura da base da língua”, esclareceu a pasta, acrescentando que essas carnes, denominadas “industriais”, são usadas amplamente em todo mundo.
O governo federal ressalta o rigoroso processo sanitário do País diante do episódio com as carnes brasileiras. No Brasil, 4.383 plantas frigoríficas são fortemente inspecionadas por órgãos do Mapa. Desse total, apenas três tiveram as atividades suspensas diante do episódio envolvendo a carne brasileira.
As inspeções são realizadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), responsável por assegurar a qualidade dos produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo, bem como de produtos importados.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias