O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) terminou o levantamento das exportações brasileiras nos cinco primeiros meses de 2021 e os dados mostram que Mato Grosso mantém o ritmo de crescimento nas vendas externas, mantendo-se como 5º estado do Brasil que mais exporta, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará. Na comparação entre janeiro e maio deste ano com o de 2020, o aumento nas vendas é superior a 24% e os valores superam a casa dos U$ 10 bilhões, melhor resultado dos últimos dez anos.
Ao todo, as vendas chegam a U$ 10,1 bilhões neste ano. São U$ 2 bilhões a mais do que os U$ 8,1 bilhões registrados no ano passado, quando o valor também foi recorde. Tudo o que Mato Grosso exporta corresponde a 9,65% do que o Brasil envia ao mercado exterior. O percentual é maior do que os 8,76% registrado ao longo de todo o ano passado.
Também houve alta nas importações, mas de apenas 1,5%. As compras somam quase U$ 760 milhões e deixam Mato Grosso na 15ª colocação nacional e com a balança comercial saldável e superavitária em U$ 9,3 bilhões.
Apesar dos excelentes números para quem exporta e aproveita o dólar em alta constante, o relatório do MDIC aponta gargalos em relação à dependência da China e à cultura da soja.
Parte do crescimento nas vendas pode ser explicado pelas compras chinesas, que subiram 24% e injetaram U$ 844 milhões a mais no mercado local. Ao todo, a China compra 41% do que Mato Grosso exporta. Na sequência, aparecem a Tailândia e a Turquia, ambas com apenas 5,3%. Depois o Vietnã com 5% e a Espanha com 4,7% fecham a lista dos cinco maiores parceiros comerciais.
A soja continua como o produto de maior exportação e responde por quase três quartos das vendas. A soja in natura tem 63% da fatia e transformada em farelo são outros 10%. Depois aparecem o algodão com 12% e a carne com 6%. O milho, que passou a ser utilizado no mercado local para produção do etanol tem 4% do mercado.