O governo Mato Grosso, atendendo recomendação do ministério da Agricultura e Pecuária declarou, através do decreto nº 412 publicado hoje, no Diário Oficial, emergência zoossanitária por um período de 180 dias, devido os casos de gripe aviária detectados em animais silvestres e domésticos no Brasil. O Estado não tem registro de casos da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), e desde que os primeiros casos foram confirmados emjaneiro deste ano na Bolívia, reforçou medidas de biossegurança e monitoramento da sanidade avícola.
Além de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocatins também estão sem registro de casos de gripe aviária, seguiram a recomendação do Mapa e declararam emergência zoossanitária. A presidente do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Emanuele Almeida, explica que a medida é uma ação para facilitar que os estados acessem recursos da União para conter o avanço da gripe aviária no território nacional. “Desde o início estamos adotando medidas preventivas, tais como, vigilância direcionada as propriedades de maior risco para influenza aviária, realização de palestras para criadores de aves de subsistência e avicultores, reuniões com representantes da avicultura e vigiando a nossa fronteira, para monitorar as aves silvestres e de fundo de quintal. Estamos atentos a essa doença e alertando sobre como identificar caso algum animal apresente as características da gripe aviária”.
Ela acrescenta ainda que a gripe aviária H5N1 tem circulado pelo mundo há mais de 20 anos, sendo as aves migratórias as principais disseminadoras da doença. A maior preocupação é evitar que o vírus atinja as granjas comerciais, para não comprometer as exportações de produtos avícolas. “Não há risco de transmissão do vírus através da ingestão de carnes ou ovos cozidos”, reforça Emanuele Almeida.
Mato Grosso está entre os dez estados brasileiros que mais exportam carne de frango. A atividade avícola no Estado conta com 304 granjas em 31 municípios, e cerca de 55 milhões de aves.