O levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária apontou que o consumidor de Mato Grosso está pagando mais caro nos principais cortes de carne bovina no Estado. No comparativo entre janeiro deste ano e o do ano passado, houve aumento médio de 16,20%, de acordo com o instituto.
O maior reajuste foi verificado no preço do músculo, que subiu, em média, de R$ 22,21 para R$ 28,53 (28%). Também foram registrados aumentos nos preços médios no varejo de outros cortes como costela, de R$ 16,84 para R$21,42 (27%), lagarto (26%), coxão duro (24), paleta e cupim (22%). Já o contra filé, fraldinha e picanha tiveram aumento de 21, 14 e 15%. Os dados foram divulgados na semana passada.
Segundo o diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Francisco Manzi “os preços estão valorizados, isso acontece não só por causa das exportações, ciclo pecuário onde muitas matrizes foram abatidas. Só agora, que houve essa recuperação e também em função da questão climática. Nós últimos dois anos a gente vem com chuvas irregulares e mais de 85% dos nossos bois são criados, recriados e engordados a pasto. Isso tudo faz com que os preços fiquem mais caros. A gente recomenda aos consumidores que pesquisem e pressionarem os supermercados para manter esse produto tão importante na sua alimentação diária”.
Nenhum dos 16 principais cortes apontados pelo Imea tiveram queda. O instituto divulgou ainda que, entre dezembro e janeiro deste ano, os cortes bovinos ficaram, em média, 0,63% mais caros em Mato Grosso.