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Mapa interdita frigorífico em Mato Grosso acusado de usar corante nas carnes

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O frigorífico, localizado na zona rural de Várzea Grande, foi interditado por fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) devido a irregularidades no processamento de carnes. A Superintendência do Mapa em Mato Grosso confirma a interdição da unidade e já comunicou o órgão em Brasília para os devidos encaminhamentos.

A interdição ocorreu após denúncia registrada no dia 5 de abril por um ex-funcionário da empresa, que revelou a suspeita de “graves irregularidades”, como “uso de corante na carne moída, reprocessamento de produtos vencidos e reembalados, uso de conservante, adição de água no produto e uso indevido de marcas”. Amostras dos produtos foram coletadas pelos fiscais do Mapa na planta de Várzea Grande e em outra em Cáceres e estão em análise.

A denúncia foi feita pelo ex-diretor comercial da empresa Helcio Antonio Nalesso Júnior, e por meio do advogado, que preferiu não ser identificado. Ele informou que a empresa teria utilizado a marca de sua propriedade de forma indevida. “A princípio o frigorífico possuía autorização para uso da marca, mas depois de verificar as inconsistências da empresa, o meu cliente pediu para ela cessar o uso, mas a empresa continuou, mesmo sem autorização”, informa o advogado. Além da utilização da marca, a denúncia protocolizada no Mapa, indica o uso de outras 3 marcas pelo frigorífico.

Denúncias em relação ao frigorífico em Cáceres também foram feitas pelo ex-diretor comercial do frigorífico, mas a unidade ainda está sob fiscalização, segundo o superintendente do Mapa em MT, José Assis Guaresqui, que afirmou que a inspeção realizada na unidade é de rotina e que o funcionamento da empresa será liberado após os ajustes necessários.

A reportagem tentou contato com a empresa por meio do telefone disponível na internet, mas as ligações não foram atendidas. O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT) informou que a empresa não é associada a entidade, porque é voltada somente ao processamento de produtos.

O Mapa se manifestou por meio de nota e comunicou que além do frigorífico de Várzea Grande, outras duas empresas foram interditadas durante fiscalizações de rotina no Estado e ressaltou que “nenhuma dessas medidas possui vínculo com a operação Carne Fraca, da Polícia Federal”. O Mapa destaca que o frigorífico foi interditado em 7 de abril “por problemas nos autocontroles, lançamentos de dados e identificação de produtos” e continua interditado.

Outro frigorífico, também em Várzea Grande, foi interditado em 31 de março, mas voltou a operar na segunda-feira (10), após a correção dos desvios e liberação do Mapa. Um frigorífico em Rondonópolis, interditado no dia 24 de março por “falhas nos controle internos, processamento de produtos, rótulos e estocagem de produtos”, ainda continua fechado.

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