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Manejo de solos arenosos é tema de pesquisa inédita em MT

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Após um ano da parceria selada, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e a Fundação MT apresentam, no dia 17 de fevereiro e de forma inédita, os resultados preliminares de pesquisas realizadas sobre a soja em solos arenosos no estado. A data também marcará, em formato de dia de campo, a inauguração do Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD), em Campo Novo do Parecis. O local será uma estação de pesquisa exclusiva para associados da Aprosoja, com experimentos em solos de textura leve e média, com o objetivo de trabalhar e mostrar o desafio do cultivo em solos arenosos.

Tema ainda pouco pesquisado e debatido no Brasil de maneira geral, conforme o pesquisador da Fundação MT, Leandro Zancanaro, o que as instituições estão fazendo inaugura um novo capítulo da pesquisa brasileira sobre solos e agricultura. “Mato Grosso é o maior produtor de soja, milho, algodão e também pecuária, além de ser extenso. Exatamente por isso, sabemos de sua heterogeneidade no ambiente de produção, que é a união do solo e temperatura. Temos variadas temperaturas e, de forma ainda mais ampla, variados solos. E por isso a pesquisa é fundamental: precisamos ter estratégias de manejo direcionadas para esses diferentes ambientes de produção”, explica Zancanaro.

Para o presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, a pesquisa é fundamental para refletir nas tomadas de decisão diárias do produtor. “Dominar o manejo da soja nestas condições de cultivo é fundamental para reduzir riscos, custo e garantir a produção e produtividade para os agricultores. Dominar o pacote tecnológico e as ferramentas de manejo integrado nestas áreas é um desafio posto pelos agricultores aos pesquisadores e engenheiros agrônomos”, destaca.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), são 9,4 milhões de hectares voltados para a produção de soja atualmente em Mato Grosso e, de acordo com Leandro Zancanaro, destes, entre 1,5 milhão e 2 milhões de hectares correspondem a solos frágeis, o que seria cerca de 15% de toda a área de produção. “E cada ano mais, o número pode piorar, exatamente porque o ambiente é muito frágil. Se não encontrarmos o manejo correto, corremos risco de, a longo prazo, não termos possiblidade de cultivar em determinados solos”, afirma o pesquisador.

O gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Thiago Moreira, também reforça que o objetivo da pesquisa é, primeiramente, entender o perfil dos solos mato-grossenses, o que significa que, nem sempre, os resultados serão favoráveis. “O importante é responder: este solo serve para o cultivo de soja? Se sim, que manejo deve ser feito? Que medidas devem ser tomadas? O que pode ser cultivado ou não pode ser cultivado ali? A pesquisa responderá, de forma científica, questionamentos que já tínhamos e, mais do que isso, será uma ferramenta fundamental para melhorarmos cada vez mais nossos resultados em campo”.

O lançamento do Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD), em Campo Novo do Parecis, é voltado para agricultores e será no dia 17 de fevereiro, às 7h30. 

Fonte: Só Notícias/Agronotícias (foto: Lucas Ninno/Aprosoja)

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