Países estão intensificando a procura pelo mercado brasileiro de carne de frango após o registro de gripe aviária na Ásia e Europa. A confirmação é da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) informando na última sexta-feira (27) que foi sondada por nações que deixaram de comprar o produto de mercados que registraram casos de influenza aviária. “Em 60 dias, temos condições de nos rearticular para atender parte da nova demanda”, disse o presidente-executivo da Associação, Francisco Turra.
Conforme Turra, cerca de 600 mil toneladas devem deixar de ser compradas neste ano de nações que notificaram o registro da influenza aviária. O presidente da APA (Associação Paulista de Avicultura), Érico Pozzer, também confirmou o cenário. “Algumas indústrias já relatam aumento de consultas para determinados produtos nos últimos dias e, poderíamos ver reflexos disso nas próximas semanas”, diz.
O desempenho das exportações, especialmente neste início de ano, é um ponto fundamental para composição de preço no mercado doméstico. As cotações do frango vivo vêm sofrendo forte pressão em janeiro devido ao desalinhamento entre oferta e demanda.
Como é típico no primeiro semestre, o consumo é enfraquecido no mercado interno. Por isso, o setor aposta no bom desempenho das vendas externas para escoar a produção.
O comunicado da ABPA também aproveitou para alertar os produtores sobre a necessidade de manter o status sanitário do Brasil, especialmente depois do registro da doença no país vizinho, Chile. O governo abateu preventivamente 150 mil perus. Depois de realizar novo teste e confirmar a doença, determinou o abate sanitário de mais 200 mil aves, que precisam ser descartadas.
A primeira medida do Ministério da Agricultura Brasileiro foi proibir a entrada de pessoas estranhas nos aviários ou mesmo que tenham vindo de viagem.
Fonte: Notícias Agrícolas