O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso ganhou reforço de mais de 10 parceiros, que vão atuar de forma integrada na fronteira com a Bolívia. O objetivo é alcançar maior efetividade das ações de defesa sanitária na região. O grupo composto por representantes do INDEA, Exército Brasileiro, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, Polícia Federal, Polícia Militar, Associação dos Criadores de Mato Grosso, Grupo Especial de Segurança na Fronteira, prefeituras municipais, Receita Federal, câmara municipal e sindicatos rurais da região irá elaborar uma agenda de compromissos para desenvolver as atividades de maneira coordenada.
Dentre os procedimentos previstos estão a fiscalização do trânsito, apreensão, eliminação de animais contrabandeados, vigilância veterinária, comunicação, cooperação entre instituições, harmonização dos serviços veterinários Brasil e Bolívia e regularização das movimentações.
Todas as entidades estão cientes dos requisitos relativos ao trânsito de bovinos, importação, exportação e os riscos que o contrabando ou descaminho pode ocasionar, desde a introdução de pragas e doenças, até a perda de certificação sanitária e mercados importadores.
Além da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia estender-se por 780 km, e desse total, 480 km estarem em áreas de proteção como rios, serras e outras barreiras naturais. Há uma alta densidade de criações de bovinos em ambos os países. Atualmente, a população de bovinos e bubalinos em Mato Grosso passa de 31.9 milhões cabeças.
O Estado deter o maior Valor Bruto de Produção Agropecuária do país, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), 190 bilhões de reais em julho, correspondente a 17,3% do total produzido no Brasil.
Questões relacionadas ao Estado que, hoje, demandam trabalho de certificação sanitária pelo instituto e Mapa, de acordo com o diretor técnico do INDEA, Renan Tomazele. “Temos uma fronteira muito extensa para proteger, número muito grande de bovinos e somos referência nacional em sanidade animal. Já conquistamos muito, mas isso evidencia a necessidade de colaboração com outras entidades públicas, produtores rurais, profissionais da área, agroindústria e suas representações”.