O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso encontrou fungos Colletotrichum truncatum, Phomopsis sojae, Fusarium semitectum, nas vagens e nos grãos de soja que estavam apodrecendo especialmente das lavouras de Sorriso e Ipiranga do Norte.
Os microrganismos identificados tratam-se de patógenos endêmicos, doenças comuns no cultivo das lavouras de soja no Estado como causadores das doenças de final de ciclo, não sendo provavelmente a causa principal da anomalia constatada pelos produtores.
As análises não indicaram que a anomalia seja ocasionada por fatores bióticos, ou seja, organismos vivos. O Indea continuará o trabalho de acompanhamento das análises realizadas pelas entidades de pesquisa, bem como o monitoramento das áreas de ocorrência.
“Este é um problema desde 2018, ano passado houve aumento e este ano triplicou. São vários os relatos de propriedade com a anomalia. Estamos fazendo visitas, muitos dos produtores ainda nem sabem que isso está acontecendo em sua propriedade. Quando perguntamos, respondem que não, quando vamos vistoriar, está lá. Pode ser algo do clima que acabe ano que vem.”, disse, anteriormente, o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Silvano Filipetto.
Não há uma estimativa ou levantamento de quantos hectares estão impactados pela anomalia. Ainda não há fungicida específico para combater a anomalia. A produção mais afetada é nas áreas onde há irrigação. O Sindicato Rural orienta aos produtores que perceberam as características nos grãos da sua propriedade, que faça a imediata comunicação.