O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) realizou, entre os dias 23 de maio e 10 de julho, uma operação em Juara (a 3o0 km de Sinop), com o objetivo salvaguardar a sanidade do rebanho e dar garantias aos produtores rurais que adquiriram vacinas contra a febre aftosa sem comprovação de origem, em duas revendas agropecuárias do município. Foram duas fases: a primeira a partir de 23 de maio com levantamento das propriedades que teriam adquirido vacinas que estavam em desacordo com as normas sanitárias. Foram vistoriadas 50 fazendas.
Porém, após a análise dos dados coletados, concluiu-se que a comercialização de vacinas irregulares não ficou restrita a apenas esse grupo de 50 propriedades, levando à obrigatoriedade da vacinação e revacinação dos bovinos e bubalinos existentes em todas as propriedades que adquiriram vacina nas lojas veterinárias investigadas, desencadeando a segunda fase da operação, que teve início em 11 de junho, com realização da vacinação oficial em todas as propriedades rurais que adquiriram vacinas nas revendas envolvidas. Os resultados da operação foram divulgados nesta terça-feira (11), na sede da Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso.
Quinze equipes do Indea foram designadas para acompanhar a vacinação de 298.094 bovinos de 391 propriedades rurais, nos municípios de Juara, Nova Bandeirantes, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos, Tabaporã, Conquista D’ Oeste, Cotriguaçu e Rosário Oeste.
Foram realizadas 417 vigilâncias veterinárias, sendo que 169.027 ruminantes foram vistoriados, 552 ruminantes inspecionados, 1.911 suínos vistoriados, e 17 suínos inspecionados.
Todas as propriedades já estão com o cadastro ativo no Sistema Informatizado de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Sindesa), portanto, liberadas para a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA). As propriedades haviam sido preventivamente interditadas no Sindesa para o trânsito de bovinos e bubalinos, com exceção para o abate.
Quanto à revenda agropecuária, o registro está suspenso para o comércio de vacinas. Após a conclusão do relatório final, será analisado se a revenda terá o registro cassado ou não, informa a assessoria do Indea.