O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou, nesta segunda-feira, o relatório com a primeira estimativa da safra 2018/19 do milho no Estado. Os analistas acreditam que haverá aumento na área cultivada e, consequentemente, na produção final de Mato Grosso, que deve chegar a 28,5 milhões de toneladas.
Segundo o instituto, a perspectiva é que os produtores plantam 1,05% em relação à safra 2017/18, chegando, na próxima safra, a 4,66 milhões de hectares. “A perspectiva de aumento se dá pelo adiantamento recorde da semeadura de soja no Estado, que pode influenciar em uma ampla janela de semeadura para o cereal”.
Em relação à produtividade, o Imea acredita que os produtores mato-grossenses conseguirão uma média de 101,9 sacas por hectare, incremento de 2,36% frente aos rendimentos já consolidados da safra anterior. A perspectiva de melhora, de acordo com o instituto, é baseada nas “boas perspectivas quanto à janela de semeadura, o que pode colaborar que grande parte das lavouras se desenvolva dentro do período de chuvas”.
Conforme a estimativa, a região Oeste do Estado deverá ter a maior média de rendimento nos campos, com 109,7 sacas por hectare. No Médio-Norte, onde há a maior área cultivada do Estado, a perspectiva é de um rendimento médio de 105,0 sc/ha.
O Imea estima ainda que as regiões Sudeste e Nordeste têm tendência para o maior aumento da produtividade entre as duas safras, “dado a perspectiva de ampla janela na semeadura do cereal, enquanto que, na safra passada os rendimentos foram menores devido ao baixo volume de chuvas e atrasos nos trabalhos de campo”.
O instituto prevê que a região Sudeste tenha produtividade média de 99,5 sacas por hectare, 5,6% a mais que na safra anterior. Já a região Nordeste deve aumentar em 4,4% a produtividade, chegando a uma média de 89,3 sc/ha. Na região de Sinop e municípios do Norte, a previsão é de uma média de 95,02 sc/ha (+0,28% a mais que na safra passada).
O Imea alerta, no entanto, que há grande perspectiva de ocorrência do fenômeno El Niño nos próximos meses, “o que pode alterar os níveis de chuvas no Brasil durante a sua manifestação. Assim, o comportamento climático será um fator determinante para a consolidação da safra”.
Segundo os analistas, “caso os trabalhos com a colheita avancem dentro do esperado e as lavouras se desenvolvam durante o período de chuvas, é aguardado que a produção do milho mato-grossense cresça 3,43% neste novo ano-agrícola “.