O IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária – registrou que o “momento pede cautela” no setor de carne em Mato Grosso com a suspensão temporária de exportações de carne para a China devido ao recente relato de um caso de “vaca louca” atípico em Mato Grosso. “Apesar de a OIE ter declarado que os riscos são insignificantes para o país, o ministério da Agricultura suspendeu temporariamente as exportações para a China. De acordo com a Secex (secretaria de Comércio Exterior), em 2019 a média mensal das exportações de carne em Equivalente Carcaça (EC) para o mercado chinês (China + Hong Kong, entreposto da China) foi de 7,94 mil TEC (toneladas equivalente de carcaça) , um faturamento médio de US$ 22,99 milhões”.
“Os envios para os chineses seguiam em ritmo acelerado, principalmente com o efeito da peste suína. Para se ter uma ideia, Mato Grosso exportou 39,69 mil TEC e US$ 114,96 milhões em 2019, com o maior volume em maio, de 3,46 mil TEC somente para a China! Como a China e Hong Kong representam cerca de 25,78% das exportações de Mato Grosso, a perda deste significativo cliente pode impactar, acarretando, além do menor faturamento e visibilidade com o mercado internacional, aumento na oferta doméstica e pressão nos preços da cadeia. O momento pede cautela”, analisam os economistas do instituto.
O efeito “vaca louca” atípico também afetou as negociações no mercado de reposição em Mato Grosso. Porém, não foi suficiente para aumentar a relação de troca boi/bezerro, que caiu 1,34% e ficou em 1,68 cabeça.