Hong Kong reabriu, nesta terça-feira, a importação da carne brasileira. Na noite de ontem, houve teleconferência entre técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e autoridades de governo de Hong Kong, para esclarecer dúvidas que ainda existiam a respeito da Operação Carne Fraca. Em conversa com jornalistas, o ministro Blairo Maggi comemorou a decisão, na saída de encontro com o comissário para Saúde e Segurança Alimentar da União Europeia, Vytenis Andriukaitis.
“Foi uma boa noticia”, disse o ministro, lembrando que Hong Kong, junto com a China, responde por importante fatia do mercado. Estamos muito voltados para essa retomada e para o restabelecimento da confiança no nosso sistema. “Isso demora, não acontece por decreto. Será preciso estar presente em muitos desses países para mostrar mostrar claramente como tudo funciona”, explicou.
Permanecem fora frigoríficos que estão sendo auditados, em virtude da suspensão temporária de licenças de exportação, adotada pelo próprio Mapa. A decisão foi tomada na semana passada pelo governo brasileiro com o objetivo de tranquilizar os consumidores do exterior e evitar prejuízos aos demais frigoríficos exportadores.
O anúncio oficial da reabertura foi feito pelo Centro de Segurança Alimentar (CFS) ao consulado brasileiro no país, em resposta às últimas informações fornecidas pelas autoridades brasileiras. O ajuste entra em vigor imediatamente. No último sábado, a mesma decisão de reabrir mercado, depois de embargo e restrições decorrentes da Operação da PF, havia sido tomada pela China, Chile e Egito, que também figuram entre os principais importadores.
Em coletiva, realizada ontem, o ministro descartou problemas com a carne brasileira que poderiam causar prejuízos à saúde humana. A afirmação baseou-se em análises feitas em produtos de três frigoríficos interditados pelo ministério no dia 17 de março, quando foi deflagrada a Operação da PF.