O conceito de conectividade vai permear a política de Corredores Ecológicos desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A primeira reunião do Comitê e Grupo Técnico do Programa Conectividade de Paisagens – Corredores Ecológicos foi realizada nesta terça-feira, em Brasília. O grupo foi instituído por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União.
Para o secretário de Biodiversidade, José Pedro Costa, a ideia de conectividade, na qual flora e fauna possam se adaptar às mudanças climáticas, é crucial para salvar as espécies e evitar que o clima se modifique ainda mais, a partir de replantios, da segmentação de carbono e da produção de água. “Não estamos falando de um projeto ou programa, mas de uma visão de mundo que se propõe a ser integradora de ações”, afirmou.
José Pedro Costa explicou que o trabalho de conectividade já acontecia, mas agora passa a ser oficialmente assumido pelo MMA. “Consta inclusive da própria lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, de 2000. Mas houve a decisão para que seja trabalhado de forma mais ampla, envolvendo, inclusive, outros ministérios”, explicou o secretário de Biodiversidade.
Para o secretário de Mudança do Clima e Florestas, Everton Lucero, a iniciativa é muito bem-vinda porque vai ajudar a levar adiante a implementação dos compromissos assumidos pelo governo brasileiro no Acordo de Paris. “Definirmos junto a eles a preservação da biodiversidade e a interconexão pelos corredores ecológicos é algo que vai multiplicar frutos e benefícios para a política ambiental brasileira”, afirmou Lucero.
O Programa Corredores Ecológicos é uma estratégia para a gestão da paisagem no Brasil ao integrar as políticas públicas do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) com a implementação do Código Florestal.
A medida ordena as áreas de florestas e de conservação em propriedades privadas e gera a conectividade desejada com áreas públicas protegidas, em harmonia com o setor agrícola e florestal.