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O governo federal acredita que em uma semana pode solucionar os dois pontos criticos na BR-163, próximo a Itaituba, onde cerca de 900 carretas e caminhões, carregados com grãos, estão parados em atoleiros. A previsão foi manifestada, esta tarde, em Brasília, por representantes do Departamento Nacional de Infra-estrutura, durante encontro na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária, entre os ministros dos Transportes, Mauricio Lessa, da Agricultura, Blairo Maggi, o presidente da FPA, Nilson Leitão, diretores da ABIOVE (Associação Brasileira da Indústrias de Óleos Vegetais), da Associação Brasileira de Exportadores de Cereais, Exército, Polícia Rodoviária Federal e representantes das multinacionais do agronegócio.
“O DNIT nos posicionou que dois trechos com problemas foram eliminados. Nós defendemos que seja mantida uma patrulha com maquináios no local para atender casos emergenciais após estes problemas serem resolvidos com urgência. Foi formado um grupo de trabalho da FPA, entidades, empresas para acompanhar as obras”, explicou o presidente da FPA, Nilson Leitão, ao Só Notícias/Agronotícias.
Ele expôs ainda que a Abiove apontou que, se houver dificuldades do governo, se disponbiliza a viabilizar recursos para pavimentar estes 90 km da rodovia que liga o Nortão de Mato Grosso ao porto em Santarém (PA). “O cálculo apresentado na reunião é que 11 navios deixaram de ser carregados com grãos, nos últimos dias, por causa dos atoleiros. São cerca de 250 mil toneladas que não foram embarcadas. Com a estrada ruim, o custo do frete aumentou entre R$ 50 e R$ 60/tonelada e o produtor fica com prejuízo de R$ 3 por saca”, acrescentou Leitão.
Neste trecho são 90 km que precisam ser pavimentados. “Defendi que tem que asfaltar ainda este ano. São dois lotes, um já licitado para 3 empreiteiras sediadas em Mato Grosso e o outro lote cuja empresa não estaria com condições de fazer. Se ela responder negativamente, nos próximos dias, outra licitação deve ser feita. Há 10 anos que a história é a mesma. É preciso fazer com urgência a pavimentação deste trecho”, concluiu Leitão. Os trechos sem pavimentação na 163, no Pará, totalizam 160 km.
O governo informou que enviou cestas básicas para caminhoneiros que estão, há semanas, esperando a estrada ser arrumada para descarregar. Nesta quinta, dezenas de caminhões que estavam vazios saíram de alguns atoleiros e seguiram em direção ao Norte de Mato Grosso. Mas, muitos que estão carregados, continuam parados nas filas. A fila, no início dos atoleiros, era de 3 mil carretas/caminhões e hoje está em cerca de 900.
Um empresário do setor de transportes calcula que o prejuízo diário de um caminhão parado em atoleiro é de R$ 700 por dia.
(Atualizada às 20:18h)
Fonte: Só Notícias/Agronotícias