O governo do Estado quer que Mato Grosso tenha maior participação no mercado cafeeiro. Para isso colocou em prática um plano denominado MT Produtivo Café, que visa incentivar o cultivo do café.
Em um primeiro momento, o governo elaborou o “Diagnóstico da Cadeia Agroindustrial do Café no Estado de Mato Grosso”, material que reúne as condições de produção e o nível de tecnologia aplicado pelos componentes da cadeia do café nas etapas de produção e comercialização. Em seguida, em parceria com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e prefeituras, passou a entregar mudas de café clonal de variedades conilon e robusta, essas duas as mais produzidas no Estado.
Aos agricultores familiares participantes do programa, como os dos municípios das regiões médio-norte e centro sul, como Sinop, Tangará da Serra e Cáceres, já receberam 45 mil mudas, e de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 outras 160 mil serão entregues. A previsão é de que até o final de 2022 alcance o total de 3,5 milhões de mudas de café clonal disponibilizadas para os 50 municípios que integram o MT Produtivo Café.
Segundo o superintendente de Agricultura Familiar da Seaf, George Lima, o programa pretende incrementar e renovar a área de café no Estado em cerca de mil hectares até 2022 com o aproveitamento de áreas já abertas e cultivadas e utilizando mudas de clones de alta produtividade, o que resultará na inserção de aproximadamente 70 mil sacas na produção de café de Mato Grosso após a produção atingir sua estabilidade.
“Todo este trabalho irá atender 700 famílias e conta com a participação importante de técnicos da Empaer e das secretarias municipais de agricultura, que irão fornecer a assistência técnica para que as áreas de café implantadas deem resultados satisfatórios”, comenta o superintendente.
Para conseguir agregar valor à produção excedente ocasionada pela ação de governo, está previsto a implantação de duas unidades de beneficiamento de café, em parceria com organizações da agricultura familiar. Elas serão implantadas das regiões norte e noroeste, onde se concentram hoje grande parte da produção do café do Estado.
No total serão investidos R$ 5 milhões a serem destinados para capacitação e contratação de técnicos, pesquisa para validação e seleção de clones, produção de mudas, restruturação de viveiros, compra de secador e de máquina descascadora de café.