O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Maggi, cumpre agenda em Castro (PR), e durante participação no Fórum Mais Milho, nesta quinta-feira, destacou a importância de incentivar à produção de etanol derivado do milho para consumir o produto produzido em larga escala no Brasil, evitando o que aconteceu com o setor ano passado.
“O governo não tem mecanismos de entrar no mercado vendendo a preços menores porque não iremos subsidiar sem ter para quem vender depois. Ano passado a saca em Mato Grosso chegou a R$ 35, os produtores seguraram seus estoques e quando houve uma baixa de mercado, tiveram que negociar a R$ 20. A base da política agrícola no Brasil não é focada nisso, e sim, em não deixar faltar produto”, disse Maggi.
Para ele uma das saídas seria o incentivo à produção de etanol a partir do milho. Considerada uma das cinco culturas mais importantes do Brasil, a agregação de valor da cadeia do milho, política de longo prazo e problemas logísticos e de armazenagem são a pauta do Fórum.
Mato Grosso é responsável por 35% da produção nacional de milho, e 70% do milho de pipoca. Em agosto deste ano será inaugurada, em Lucas do Rio Verde, uma nova planta de etanol e milho. “É uma planta que, inicialmente, irá consumir 500 mil toneladas de milho por ano, podendo duplicar o consumo em um milhão de toneladas/ano, transformando isso em 220 milhões de litros de etanol. Mas, só o nosso Estado produz 26,5 milhões de toneladas do grão, então, faltam 25,5 milhões”, disse Maggi.