|2679|
O governador Pedro Taques disse hoje não ver problemas no fato de cargos de superintendentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) serem ocupados por indicados políticos. Segundo ele, o problema está na prática de crime, e não na indicação política, uma vez que essas indicações podem ser técnicas.
Perguntado sobre como vê a proposta apresentada por fiscais servidores federais, para que os cargos de superintendentes fiscais do Mapa não sejam ocupados por indicados políticos, mas por servidores do quadro, o governador Taques disse não ver problema em indicações políticas, uma vez que elas podem adotar como critério a questão técnica.
“Sobre essa discussão sobre indicações políticas ou não, é bom que [os indicados] sejam técnicos. Mas os técnicos podem ser indicados politicamente. Isso é fato! Mais do que isso, [o problema] não é a indicação política: é alguém que comete o ilícito e tem de ser responsabilizado”, afirmou o governador, que se reuniu hoje com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto.
Ao deixar o encontro, ele manifestou preocupação com o impacto que as denúncias de irregularidades na fiscalização de frigoríficos apontadas pela Operação Carne Fraca podem causar para a economia do país. “Não podemos fazer desse fato instrumento para perturbar na conquista de mercados internacionais”, disse o governador após reunir-se com Temer.
O Mapa divulgou há pouco uma nota na qual apresenta uma lista com os 33 servidores afastados do cargo em razão da investigação da Polícia Federal. De acordo com a Corregedoria-Geral do ministério, “esses servidores estão respondendo a processo administrativo disciplinar e já tiveram os nomes publicados no Diário Oficial da União e no Boletim de Pessoal e Serviços Internos do Mapa”.
No Diário Oficial de hoje, foi publicada decisão do Mapa de designar Ricardo Augusto de Faria e Silva como substituto do Superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás.
Fonte: Agência Brasil (foto: Chico Valdiner/assessoria/arquivo)