Dois frigoríficos de grande porte pretendem reabrir unidades em Mato Grosso. A reativação de uma das plantas foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, nesta terça-feira. Ele afirmou, nas redes sociais, que o Minerva Foods vai retomar as atividades na planta de Mirassol d’Oeste (a 295 km de Cuiabá). A empresa confirma a operação na unidade, programada para meados de julho. O frigorífico estava fechado desde 2015. Tem capacidade para abater mil animais por dia e irá gerar 720 empregos diretos, segundo Maggi.
Outra empresa que “está avaliando a oportunidade” para ativar plantas em Mato Grosso é a Marfrig. A reabertura das unidades seria uma estratégia das empresas para atender a demanda reprimida dos pecuaristas do Estado que se veem reféns da JBS, que está envolvida em uma crise e que representa a maior parcela dos abates de Mato Grosso. A informação sobre o frigorífico Minerva foi publicada por Maggi na rede social por volta das 8h desta terça-feira, em Pequim, onde cumpre agenda internacional. Ele foi informado sobre a reativação da planta pelo presidente da Minerva, Fernando Queiroz. A reabertura está programada para 6 de julho.
“Tenho uma ótima notícia aos pecuaristas de Mato Grosso, principalmente da região Oeste. Acabo de receber a informação, do presidente (CEO) da Minerva, Fernando Queiroz, que será reaberto o frigorífico de Mirassol D’Oeste, a partir do dia 06/07. São aproximadamente mil animais por dia e mais 720 empregos diretos nos primeiros meses”, escreveu Maggi na publicação.
A empresa confirma a informação e, via assessoria, disse que a retomada das atividades da unidade da companhia em Mirassol d’Oeste ocorrerá a partir de meados de julho. Há especulações no mercado de que a empresa Marfrig também reabriria plantas no Estado. A empresa não deu mais detalhes, mas confirmou que “no momento a companhia está avaliando a oportunidade”. O anúncio da Minerva confirma os boatos que circulam entre pecuaristas de que empresas estariam interessadas em reativar plantas de Mato Grosso.
O presidente do Sindicado da Indústria Frigorífica (Sindifrigo), Luiz Freitas, diz que mais plantas podem ser reabertas. Segundo ele, “há várias empresas interessadas e se organizando para atuar no Estado”. Ele destaca que entre estas, “há companhias que já atuam em Mato Grosso e outras que estão presentes em outros estados”, disse sem citar nomes.